Folha de Londrina

Petista chama ex-presidente­s franceses para testemunha­s

- (Folhapress)

Brasília - O desembarga­dor federal Néviton Guedes do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região decidiu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho Luis Claudio Lula da Silva têm direito a pedir o depoimento de 80 testemunha­s de defesa, e não 32, conforme havia sido decidido pelo juiz federal no Distrito Federal Vallisney de Souza Oliveira.

Lula, seu filho e outras pessoas são rés no processo que tramita na 10ª Vara Federal de Brasília para apurar suposto tráfico de influência na compra de aviões de caças Gripen, da Suécia.

A lista de testemunha­s dos Silva inclui o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), os ex-presidente­s da França Nicolas Sarkozy e François Hollande, 12 cidadãos que vivem na Suécia, 11 senadores, quatro deputados federais e três atuais ministros de Estado (Aloysio Nunes Ferreira, Blairo Maggi e Dyogo Henrique de Oliveira). Também o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo, extreinado­r da Seleção, atualmente no Sport do Recife (PE).

A decisão foi tomada pelo juiz em junho, revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada pela reportagem nessa terça-feira (1º). Também deverão ser ouvidas testemunha­s que vivem no Ceará, Goiás, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba.

Com a ampliação do número de testemunha­s, o processo deve se arrastar por meses além do previsto. As testemunha­s que vivem no exterior deverão ser ouvidas por carta rogatória, que passam pelo Ministério das Relações Exteriores em um longo processo burocrátic­o.

Ao decidir pelo maior número de testemunha­s, Guedes concordou com os argumentos da defesa de que a denúncia feita pelo Ministério Público Federal trata de diversos “fatos delituosos” e que a defesa teria direito, por lei, de indicar até oito testemunha­s por “fato delituoso”.

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