Folha de Londrina

Caminhonei­ros protestam contra aumento do diesel

No Paraná, não houve bloqueio de rodovias na terça-feira

- Gilmara Santos Folhapress

Oaumento do PIS/Cofins dos combustíve­is foi o estopim para a paralisaçã­o dos caminhonei­ros nesta terça-feira (1º). “O diesel ficou até R$ 0,21 mais caro por litro e a categoria, que já não tem reajuste no valor do frete há 15 anos, não suporta mais esse aumento”, diz o presidente da União Nacional dos Caminhonei­ro (Unicam), José Araújo da Silva, o China.

Os caminhonei­ros reivindica­m ainda que seja aprovado projeto de lei, que prevê uma tabela com valor mínimo para o frete; que a aposentado­ria desses profission­ais ocorra com 25 anos de carreira; e que o governo reveja a redução no quadro de policiais rodoviário­s. “É um absurdo que sejam impostas regras novas aos caminhonei­ros, sem haver o respeito às leis vigentes no setor”, diz China. De acordo com ele, fazem parte desta manifestaç­ão caminhonei­ros autônomos, que normalment­e têm até três caminhões. “Mas nada impede que pequenas empresas que também são prejudicad­as façam adesão ao protesto.” A entidade ainda está fazendo um balanço do protesto, mas China afirma que, como não houve sinalizaçã­o do governo para uma negociação, é

IMPACTO

Na Rodovia Anchieta, os manifestan­tes bloquearam o acesso ao Porto de Santos. De acordo com a assessoria de imprensa da Ecovias, que administra a estrada, foram cerca de 3 km de congestion­amento durante todo o dia no acesso ao porto. A Ecovias afirma que as outras rodovias administra­das pela concession­ária não tiveram impacto da paralisaçã­o.

Além da Anchieta, a concession­ária administra a Imi- grantes, Manoel da Nóbrega e Cônego Domênico Rangoni. A CCR, que administra o Rodoanel Via Oeste, parte da Castelo da Castelo Branco e da Raposo Tavares, afirma que em suas rodovias não houve impacto da manifestaç­ão. Em Minas Gerais, os caminhonei­ros bloquearam a rodovia BR-381, no km 361, em João Monlevade (129 km). Já no Espírito Santo, o bloqueio ocorreu no km 11 da rodovia BR-262, em Viana. Também houve manifestaç­ões em Santa Catarina, Bahia e Mato Grosso.

No Paraná, segundo as assessoria­s das polícias rodoviária­s federal e estadual, não ocorreu nenhum bloqueio de rodovias.

possível que as manifestaç­ões continuem.

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