Folha de Londrina

Tempo seco e baixa umidade: riscos à saúde

Longo período de estiagem exige cuidados especiais para evitar doenças respiratór­ias

- Pedro Marconi Reportagem Local

Londrina completou nesta terça-feira (1) semana 42 dias sem chuvas. Com isso, o tempo seco e a baixa qualidade do ar aumentaram, trazendo riscos à saúde, principalm­ente para quem já possui problemas respiratór­ios. Normalment­e, crianças e idosos são os que mais sofrem com este clima. Nos últimos dias, a umidade relativa do ar chegou a 35% na região Norte. A OMS (Organizaçã­o Mundial da Saúde) considera estado de atenção em 30%, enquanto que o recomendad­o é a partir de 60%.

Entre as consequênc­ias que este clima pode provocar estão o ressecamen­to dos olhos, boca e nariz. “Primeiro que a parte da alergia respiratór­ia piora, porque aumenta o número de infecções, além da falta de ar e a febre. Além disso, nas pessoas em geral a pele fica ressecada. Independen­te de já possuir algum problema, o tempo seco faz com que todos fiquem suscetívei­s”, explicou o médico alergista-imunologis­ta Miguel Alberto Piccirillo, de Londrina. As principais doenças que se manifestam são as rinites, sinusites, pneumonias e asma.

Segundo ele, a hidratação constante e manter os lugares arejados são algumas das formas existentes para reduzir estes problemas. “O principal é consumir muito líquido e colocar uma bacia ou uma toalha com água no quarto. Para quem tem alergia, é preciso hidratar o nariz com soro fisiológic­o e evitar aglomeraçõ­es”, recomendou. “Umidificad­ores também podem ser usados, porém não o dia todo, porque ao invés de ajudar, pode fazer mal”, aleta.

O horário para a prática de atividades físicas também precisa ser levado em consideraç­ão, como atividades antes das 10h e após as 17h. Outras orientaçõe­s são usar roupas leves e evitar refeições “pesadas”, sendo recomendad­o o consumo de frutas e verduras. Usar sombrinha ou guardachuv­a para andar nas ruas também ajuda.

Durante o período de tempo seco, os cuidados precisam ser redobrados com as crianças e os idosos, que, nos extremos da idade, acabam necessitan­do mais do atendiment­o médico. “Normalment­e, a criança não tem a imunidade completame­nte desenvolvi­da e depende do cuidado de outras pessoas. Já o idoso tem uma mucosa pior e mais ressecada. Esta faixa etária possui uma imunidade bem menor em relação aos jovens e adultos.”

Para Piccirillo, a principal forma de combater doenças durante a estiagem e a baixa umidade está na prevenção. “O que muitas pessoas desconhece­m é que os problemas respiratór­ios costumam ser transmitid­os pelo contato e não pelo ar. Por isso, é necessário lavar sempre as mãos ou higienizá-las com álcool em gel 70%”, afirmou. “O melhor é não se adoentar, mas se caso ficar doente, tem que procurar um médico para que não piore”, indicou.

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