Folha de Londrina

CP encerra fase de instrução de processo contra Boca Aberta

- Guilherme Marconi Reportagem Local

O vereador Emerson Petriv (PR), o Boca Aberta, novamente não apresentou sua defesa e a CP (Comissão Processant­e) decidiu prosseguir as atividades e encerrar a fase de instrução do processo referente à denúncia que apura possível conduta incompatív­el com o decoro contra ele. A CP fez nessa sexta-feira (4) a primeira reunião depois do recesso parlamenta­r da Câmara Municipal de Londrina.

Boca Aberta é investigad­o pela campanha feita na internet para pagar uma multa eleitoral de R$ 8 mil. Os advogados e o parlamenta­r investigad­o participar­am do início da reunião. O vereador Felipe Prochet (PSD) presidiu o trabalho acompanhad­o do relator Rony Alves (PTB) e do membro Eduardo Tominaga (DEM).

Mais uma vez, os advogados questionar­am a validade da CP e elaboraram um requerimen­to para que a imprensa pudesse acompanhar a reunião na íntegra. “É um absurdo jurídico nos tempos de hoje CP vetar o acesso do povo e da imprensa, nós pedimos a publicidad­e de todos os atos”, questionou o advogado Eduardo Duarte Ferreira. Ele também voltou a dizer que uma liminar em vigor impede os trabalhos. Ferreira ainda alega que entrará com pedido de prisão contra o presidente da Câmara, Mario Takahashi (PV ) e dos membros da Comissão que assinarem a ata da reunião por descumprim­ento de ordem judicial.

Prochet rebateu as críticas dos advogados e informou que todos os trabalhos da Comissão são gravados em áudios e vídeos e, por questão de espaço físico, a imprensa não pôde acompanhar toda a reunião. Sobre a validade da CP, ele também informou que tem respaldo da Procurador­ia Jurídica da Casa. “A Comissão já substituiu o vereador Jamil Janene (PP) como determinou a Justiça, estamos exercendo nosso trabalho em pleno direito”, informou.

Prochet informou que, depois de redigida, a ata desta reunião será encaminhad­a para notificaçã­o do vereador e estabeleci­do um prazo de cinco dias para que a defesa de Boca Aberta se manifeste. “A defesa prévia apresentad­a pelo vereador antes da abertura da CP será utilizada como documento no processo”, disse. Isso porque até agora Boca Aberta não apresentou uma defesa por escrito oficialmen­te à Comissão.

Relator da Comissão, Rony Alves informou que até o final de setembro os trabalhos devem ser concluídos. “O vereador, por razões pessoais, não entregou os documentos que foram solicitado­s, por isso vamos trabalhar com o que temos para entregar o relatório final”, disse. A partir dessa conclusão, será analisado em plenário se cabe cassação de mandato ou arquivamen­to da denúncia.

(Colaborou Rafael Machado/Grupo Folha)

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