Folha de Londrina

Trem de passageiro­s depende de estudo

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O trem de passageiro­s entre Londrina e Maringá não está fora dos ativos planejados para facilitar a atração de empresas, mas não é prioritári­o. De acordo com o Plano Estadual de Logística em Transporte do Paraná (PELT), os custos estão estimados em R$ 7 milhões, mas são necessária­s alternativ­as para que o funcioname­nto seja autossuste­ntável, de forma a atrair investidor­es.

O governo estadual fez uma Proposta de Manifestaç­ão de Interesse (PMI) para empresas interessad­as em levantar uma forma viável de manutenção do sistema. O executivo do Conselho em Logística de Infraestru­tura da Fiep, João Arthur Mohr, explica a proposta: “Estudamos sistemas parecidos com o usado pela Japan Railways, que é um dos mais avançados do mundo, no qual somente 50% da receita da empresa vem de passagens e o restante, de acessórios”, conta.

Mohr cita como exemplo o aluguel de lojas nos centros comerciais dentro das estações. “Outra questão é que as áreas no entorno das estações se valorizam para a instalação de residência­s e centros comerciais, e há possibilid­ade de se pagar parte dessa valorizaçã­o para o empreendim­ento, da mesma forma que

PROJETOS PRONTOS

Para Mohr, há dinheiro de sobra no mundo para investimen­tos em infraestru­tura, mas é preciso mostrar a viabilidad­e aos grandes grupos internacio­nais e nacionais. Por isso, defende que o PELT seja o primeiro passo para o desenvolvi­mento de projetos que sirvam para “vender” a ideia. “O primeiro passo é o EVTEA, que é o Estudo de Viabilidad­e Técnica, Econômica e Ambiental, para dar segurança ao investidor de que ele terá retorno.

Na sequência, o especialis­ta defende garantias de segurança jurídica e de liberação de licenças ambientais prévias. “São mais de 150 processos na Justiça nas atuais concessões rodoviária­s do Estado, a maioria causada por decisões políticas”, conta.

Por fim, define como necessária­s as condições macroeconô­micas, com câmbio estável, taxa de juros menores e bom grau de investimen­to em agências de risco internacio­nais. “Investidor­es para bons projetos, com tempo e taxa adequados de retorno, não faltam”, conclui Mohr.

ocorreu na ponte estaiada, em São Paulo”, explica o executivo da Fiep.

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