Folha de Londrina

Pesquisas e as amostras

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Alguns tipos de pesquisas, devido à enorme quantidade de indivíduos da população pesquisada, se tornam inviáveis no formato de censo, onde a totalidade de indivíduos que compõem a população participam. Portanto, utiliza-se métodos estatístic­os para se calcular as amostras populacion­ais que melhor representa­m a população. Assim acontece, como quando se quer saber das preferênci­as e opiniões políticas, dentre toda a população apta a votar no Brasil - atualmente em 144 milhões pessoas. Isso posto, me parecem um tanto tendencios­as e manipulado­ras pesquisas dessa natureza, realizadas com mil indivíduos, por exemplo, de determinad­a região do país, que se propõe a identifica­r opiniões ou determinar atitudes do eleitorado em nível nacional, dada à enorme diversidad­e existente em cada região do nosso país. Será que indivíduos de diferentes escolarida­des, níveis socioeconô­micos e culturais ou outras caracterís­ticas que os distinga, caberiam numa amostra de mil pessoas, extraídas de um bairro nobre de São Paulo ou Rio de Janeiro? Então, se não quisermos continuar nos deixando enganar pelas informaçõe­s que a mídia costuma veicular, sugiro que comecemos a nos preocupar com o tamanho da amostra. RUY CARNEIRO GIRALDES NETO (servidor público) - Londrina

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