CLAUDIO HUMBERTO
Estamos olhando isso para tomar as decisões mais realistas”
Ministro Henrique Meirelles (Fazenda) sobre a eventual alteração da meta fiscal
O PMDB de Michel Temer e Renan Calheiros é o terceiro partido que mais verbas levou do Fundo Partidário: R$ 39 milhões.
PR, PSB e PP levaram, cada, mais de R$20 milhões do fundo no ano não-eleitoral de 2017. O DEM, R$15 milhões e o PTB R$ 14 milhões.
No apagar das luzes, em dezembro de 2014, o Congresso aprovou uma emenda que, na prática, triplicou o valor do fundo partidário.
Em 2015, a então presidente Dilma sancionou novo aumento no valor do fundo partidário, que saltou de R$308 milhões para R$811 milhões.
Os ministérios da Defesa, Justiça e Educação gastaram R$1,153 bilhão em veículos oficiais. Defesa, o recordista, responde por R$768 milhões.
Com a mãe já cassada, a filha de Dilma foi flagrada há um ano usando carro oficial com o marido. Expresidentes também têm esse direito.
Além dos carros de representação, com os quais autoridades podem ir a restaurantes e fazer compras, há os de “serviço”, de placa branca.
O governo aposta agora na reforma Tributária, quase consensual, para estabelecer um clima mais ameno e propício à negociação para aprovar a reforma mais difícil e até mais urgente: a da Previdência.
O Fundo Partidário, que aumenta ano a ano, rendeu aos partidos brasileiros R$609,1 milhões entre janeiro e até 31 de julho deste ano. De 2007 a 2017, os partidos levaram um total de R$ 4 bilhões. O PT do ex-presidente Lula e protagonista do maior escândalo de corrupção da história, é o maior beneficiado pelo fundo: R$ 48,5 milhões em sete meses, seguido pelo PSDB do enrolado Aécio Neves: R$ 40 milhões.
Somente a mordomia de carro oficial no serviço público federal custa por ano mais de R$1,6 bilhão. Ao menos foi isso o que custou em 2016, ano de vacas raquíticas. Esses recursos foram gastos na compra de veículos, na manutenção da frota, na aquisição de acessórios e no pagamento de impostos do tipo IPI e IPVA. Em 2015, o gasto foi maior: R$1,7 bilhão. Esses custos não incluem salários, óleo ou combustível.
Projeto relatado pelo senador Lasier Martins (PSD-RS) limita os gastos dos cartões corporativos a R$6,6 mil ao mês, por órgão público federal, além de proibir saques e acabar com sigilo esperto de despesas.