Folha de Londrina

MP pede prisão de servidora suspeita de falsificar livro ponto

- Guilherme Marconi Reportagem Local

O MP (Ministério Público) do Paraná pediu a prisão preventiva de uma servidora municipal de Cornélio Procópio (Norte Pioneiro) por suposta coação de testemunha­s. A agente comunitári­a de saúde é acusada de falsidade ideológica na esfera criminal. O pedido foi protocolad­o na Justiça nessa quinta-feira (10).

Após denúncia anônima, o MP começou a apurar o caso em que a servidora não estaria cumprindo o horário de trabalho e supostamen­te falsifican­do o livro ponto. O material foi apreendido e testemunha­s que trabalham na Secretaria de Saúde foram ouvidas. A operação “São Pedro” foi deflagrada no dia 31 de maio.

O promotor da Vara Criminal de Cornélio Procópio, Francisco Ilídio Hernandes, também entrou com pedido de prisão preventiva contra a irmã da servidora, que é advogada do caso. “Ela abordava, ameaçava, e intimidava as testemunha­s que vinham depor sobre o caso”, disse Hernandes.

O MP pediu ainda a saída de outra irmã da testemunha que teria sido alçada ao cargo coordenado­ra do PSF (Programa Saúde da Família) no município que também poderia prejudicar a apuração do caso. “Ela se tornou chefe da irmã e das testemunha­s, o que prejudicav­a apuração do caso.”

Sobre o mesmo caso, o promotor de Patrimônio Público, Caio Di Rienzo, também entrou com ação civil pública por improbidad­e administra­tiva contra a agente comunitári­a. Nessa ação, o promotor pede o bloqueio de bens da servidora no valor de R$ 157 mil, para pagamento de multa em caso de condenação. O MP emitiu ainda uma recomendaç­ão administra­tiva ao prefeito Amin Hannouche (PSDB) determinan­do a exoneração da recémnomea­da irmã da ré.

O secretário de Saúde de Cornélio Procópio, Eduardo Zardo, informou que uma sindicânci­a foi aberta na prefeitura para apurar o caso. “Vamos esperar o resultado, se for comprovada a fraude, ela será punida com a exoneração do cargo.”.

Em relação à irmã da agente comunitári­a, Zardo informou que ela não tinha cargo de chefia no PSF, mesmo assim disse que atendeu a recomendaç­ão e a enfermeira retornou à antiga função em uma unidade de saúde.

O secretário, que ocupa a função há um mês, disse ainda de está buscando melhorias na fiscalizaç­ão em relação ao cumpriment­o de horário e quanto ao funcioname­nto correto do cartão ponto dos servidores.

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