Folha de Londrina

Bancar termoelétr­icas a óleo prejudica o Brasil

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Usinas termoelétr­icas gerando energia é invenção do governo FHC, para evitar apagão como o de 2001, mas tinha data para acabar: 2011. Poluidoras e de custo operaciona­l elevado, são a forma mais antiquada de geração. A “bandeira vermelha”, que entrou em vigor este mês, é imposta aos brasileiro­s, com aumento da conta de luz, para sustentá-las. Faturam R$ 15,4 bilhões ao ano e, com tanto dinheiro, adquiriram sobrevida. E “conquistam” ministros de Minas e Energia para a causa.

Nada sobra

Gastando tanto em termoelétr­icas, não sobra dinheiro e nem interesse do governo para investir em energia limpa e renovável, eólica, solar etc.

Inimiga nº 1

Dona de metade das termoelétr­icas a óleo, a Petrobras inviabiliz­a as demais opções de geração de energia, mantendo o Brasil no atraso.

Exemplo chinês

O Brasil, de sol abundante, gera 100 megawatts em energia solar, enquanto a China, onde quase o sol não aparece, produz 80 gigawatts.

Manobra esperta

Além de encher as burras do setor privado, termoelétr­icas financiam o rombo na Petrobras, que com elas fatura R$ 8 bilhões por ano. Ex-diretor da Ancine é denunciado por prevaricaç­ão

O ex-diretor da Ancine Manoel Rangel foi denunciado por prevaricaç­ão pelo ex-ministro da Cultura Roberto Freire, por se negar a agir contra fraude em edital levada a seu conhecimen­to. Como a Ancine é vinculada e não subordinad­a ao ministério da Cultura, Freire levou o caso à Casa Civil da Presidênci­a pedindo medidas administra­tivas, além de também acionar o Ministério Público e Polícia Federal para que fosse iniciada uma investigaç­ão criminal contra Rangel, do PCdoB.

O caso

A denúncia é que um servidor da Fundação Joaquim Nabuco, da Ancine, recebeu ilegalment­e R$ 1,7 milhão para financiar um filme.

Fraude

Além de ser proibido de captar recursos públicos, por ser servidor, o beneficiad­o ultrapasso­u limite de R$ 1,3 milhão para o tipo de projeto.

Viajando Rangel

Rangel ficou conhecido por “estar em viagem” durante mais de 50% do mandato na Ancine, onde levou R$ 800 mil em diárias, em 738 viagens.

Morde e assopra

Projeto relatado por Lasier Martins (PSD-RS) prevê a demissão de funcionári­os públicos incompeten­tes. Mas “só em casos extremos”, diz o senador. Para perder o cargo o servidor precisará tirar nota inferior a 30 pontos, em escala de 100, por 3 anos seguidos ou 5 anos variados.

Outro prejuízo

A Câmara ouve nesta quarta (16) representa­ntes da Pampa Energia para que expliquem a jogada que lhes permitiu comprar a Petrobras Argentina a preço de banana. E no último dia do governo Dilma.

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