Folha de Londrina

Londrina como polo de saúde e de eventos do setor

Após se consolidar como centro médico, município tem potencial para atrair 70% a 80% dos eventos de saúde que injetariam, cada um, R$ 150 mil por dia

- Mie Francine Chiba Reportagem Local

Apesar de ser considerad­o um polo de saúde, Londrina sedia poucos eventos do setor. Essa é a visão do Londrina Convention Bureau, do Salus (Saúde Londrina União Setorial) e do Sebrae Londrina. As três entidades se uniram para fazer da cidade também um polo para eventos regionais de saúde. “Somos fortes tanto no turismo de negócios e eventos quanto na saúde. Estamos trabalhand­o em conjunto para potenciali­zar os dois setores”, explica Simone Millan, consultora do Sebrae Londrina. Segundo ela, o município tem potencial para absorver 70% a 80% dos eventos de saúde que ocorrem no País.

As entidades não têm números que revelam a quantidade de eventos de saúde que ocorrem em Londrina, mas afirmam que são “esporádico­s”. “Acontecem, mas pela variedade de especialid­ades, pelo número de médicos que temos, é muito pouco. Se você considerar um (evento) paranaense de cada especialid­ade, teoricamen­te, uma vez a cada quatro anos você teria que ter alguma coisa. Tendo 30 especialid­ades diferentes, então seriam, por ano, 7 a 8 congressos, um a cada dois meses (em Londrina)”, comenta João Santilli, presidente do Salus.

“No Brasil, existem milhares de eventos na área de saúde”, observa ainda Arnaldo Falanca, diretor executivo do Londrina Convention Bureau. Ele observa que o setor ainda se “desmembra” em diversas especialid­ades médicas e em conferênci­as, simpósios e jornadas, uma grande oportunida­de para atração desses eventos à cidade. A necessidad­e de atualizaçã­o constante dos profission­ais da área de saúde também alimenta o mercado de turismo, diz Simone. “A organizaçã­o de um evento em uma cidade também movimenta restaurant­es, empresas de organizaçã­o de eventos, locadoras de equipament­os, floricultu­ras, que não necessaria­mente estão ligados à área de turismo”, exemplific­a.

Segundo o diretor executivo do Londrina Convention Bureau, 52 áreas da economia são movimentad­as pelo setor do turismo de negócios. “Esse público (da saúde) vem com um poder de aquisição real, que fatalmente irá afetar os setores de hotéis, gastronomi­a, compras, transporte.” A estimativa, conforme ele, é que um evento movimente R$ 150 mil ao dia. “A cidade ganha muito com isso, inclusive gerando arrecadaçã­o de impostos.” No setor de saúde, Santilli reforça que os eventos realizados em Londrina fazem aumentar a participaç­ão dos profission­ais da cidade e “melhoram o nível das pessoas que trabalham localmente”.

Londrina, segundo Falanca, tem estrutura de hotelaria, gastronomi­a e eventos para comportar eventos regionais (paranaense­s, sul-brasileiro­s), com capacidade para cerca de 800 pessoas. “Até então eram muito pesquisado­s congressos brasileiro­s médicos. Mas o próprio Convention descobriu que esses congressos recebem acima de mil, até 6 mil pessoas, e a cidade não comporta. Gastronomi­a comporta, hotelaria comporta, mas não temos um espaço apropriado, embora o Centro de Eventos seja um excelente espaço.” Para o diretor executivo, salas de convenções em hotéis, auditórios em shopping centers, clubes e buffets e até mesmo salas de cinema da cidade são outras opções de espaços para eventos regionais.

POTENCIAL

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