Bonecos para encantar pais e filhos
Dois grupos de teatro de bonecos se apresentam no FILO até quarta-feira
Oteatro infantil, em especial aqueles que utilizam bonecos, sempre agradam por trazer um encanto pela delicadeza da manipulação que transportam o público – de qualquer idade - para outro mundo. Nesta edição do FILO, dos oito espetáculos voltados às crianças, dois deles contemplam essa técnica: “Por que nem Todos os Dias são Dias de Sol?”, da Artesanal Cia. de Teatro (Rio de Janeiro-RJ), com reapresentação nesta segunda-feira (14), às 19h, no Teatro Ouro Verde, e “Berenices”, do Grupo Morpheus Teatro (São Paulo/ SP), nesta terça-feira (15) e quarta-feira (16), às 19h, no Teatro Mãe de Deus. A programação completa do FILO 2017 pode ser conferida no site www.filo.art.br.
Para montar o espetáculo, a Artesanal Cia. de Teatro, durante dois meses, realizou um trabalho de pesquisa com cerca de 30 crianças, que foram estimuladas a formular suas opiniões sobre diversos temas. Dentre eles, “O que é o amor?” O que é a liberdade? O que é a vida? O que é o medo? O que é ser adulto? Como as mulheres ficam grávidas?”. E as respostas foram diretas. “O amor é gostar de alguém e ficar juntos. Liberdade é não estar preso. O medo é algo que sentimos quando está escuro. Ser adulto é não poder brincar. As crianças são colocadas dentro da barriga das mulheres por seus papais”.
O texto, então, foi construído a partir das respostas e outros elementos. Com uso de bonecos, sombra, máscaras, canto, cinema e videografismos, o resultado é um trabalho autoral com extremo rigor estético. Dividido em quatro contos distintos, narrados cada um dentro de uma linguagem e técnica diferentes, as histórias são apresentadas como pequenas fábulas que habitam as lembranças das pessoas. No espetáculo de 50 minutos, um menino que tem medo de uma velha que se senta todos os dias no banco de uma praça; uma menina que gosta de pássaros tenta ajudar seu vizinho a soltar pipa presa nos galhos de uma árvore; Um homem que conversa com objetos em seu escritório; e uma menina que engole semente de laranja acreditando que um bebê irá crescer em sua barriga.
O Grupo Morpheus também se utiliza da linguagem do teatro de animação e máscaras para narrar a saga da pequena Berenice e seu encontro com o mundo. O espetáculo, que leva o nome da personagem, conta a história da menina que, diante da chegada de um irmão, inicia o aprendizado de perceber e lidar com seus pensamentos, sentimentos, medos, dificuldades e expectativa sobre os outros. Berenice é uma menina
curiosa, que se encanta com o mundo. Por isso, aprender e descobrir são coisas preciosas para ela. Mas quando começa a crescer e a entender