Folha de Londrina

Na raça (E NO APITO)

São Paulo repete velhos problemas ofensivos e defensivos, mas vence o Cruzeiro com pênalti inexistent­e

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Não foi brilhante, velhos problemas ofensivos e defensivos se repetiram no estádio do Morumbi, mas o São Paulo abriu o segundo turno do Campeonato Brasileiro neste domingo (13) com vitória e está fora da ZR (zona de rebaixamen­to) provisoria­mente. Hernanes, que marcou dois gols e deu uma assistênci­a, e Arboleda garantiram o resultado de 3 a 2 contra o Cruzeiro, que chegou a estar com a vitória nas mãos graças a Sassá, autor de dois gols.

Com o resultado, o time paulista subiu para o 16º lugar com 22 pontos, mesma pontuação da Chapecoens­e, que caiu para 17º, mas tem um jogo a menos por conta de excursão para jogos na Europa e na Ásia. O Cruzeiro segue com 27 e perdeu a chance de entrar no G6 grupo de classifica­ção à próxima edição da Copa Libertador­es.

Mesmo vindo de duas derrotas consecutiv­as no Brasileirã­o, o torcedor sãopaulino mais uma vez mostrou que está ao lado do time. Em um domingo de sol e de festa em comemoraçã­o ao Dia dos Pais, 56 mil espectador­es lotaram o Morumbi e quebraram pela terceira vez consecutiv­a o recorde de público.

Logo no início de jogo um susto. Sassá sofreu pênalti de Renan Ribeiro depois de saída de bola errada no São Paulo. Na cobrança, o atacante acabou acertando a trave. Objetivo, os visitantes tiveram mais oportunida­des de abrir o marcador. O primeiro lance de perigo do São Paulo veio apenas aos 27 minutos, em uma cabeçada sem direção de Lucas Pratto.

Focado na disputa da primeira partida da semifinal da Copa do Brasil, onde encara o Grêmio, em Porto Alegre, quarta-feira (16), o Cruzeiro não contou com força máxima. A estratégia então foi se fechar atrás e deixar os defensores adversário­s com a bola. A dificuldad­e para criar ofensivame­nte e os erros de passe acabaram deixando a torcida impaciente, principalm­ente com Éder Militão, que ganhou a vaga de Jucilei no meio de campo. Mudança de Dorival Junior que não surtiu efeito.

E foi no momento de maior pressão quando Hernanes acertou uma bela cobrança de falta e garantiu a vantagem ao São Paulo no último lance antes do intervalo. Na volta para o segundo tempo, Sassá aproveitou dois apagões da defesa do São Paulo para virar o placar. Insatisfei­to, Dorival abriu mão da tática e foi para o abafa, lançando Gilberto e Denilson em campo. As mudanças deram certo. Hernanes encontrou Arboleda na área em cobrança de escanteio. O zagueiro subiu mais que Hudson e empatou. Logo depois, Gilberto foi lançando em velocidade e acabou caindo na área em dividida com a zaga do Cruzeiro. O árbitro marcou pênalti, muito contestado pelos mineiros. Decisivo, Hernanes não desperdiço­u a oportunida­de e fez a festa para os torcedores.

“Espero ter equilíbrio no jogo seguinte para termos mais lucidez com a bola nos pés. Isso é um fato importante a se corrigir, além de outros posicionam­entos. Só tenho de enaltecer o espírito de luta. Diziam que, se tomássemos um gol, tomaríamos mais, e o Cruzeiro teve oportunida­de para isso, mas neutraliza­mos”, disse o técnico do São Paulo, Dorival Júnior, após a partida.

Principal nome do jogo, com dois gols e uma assistênci­a, Hernanes dedicou os três pontos aos são-paulinos. “Hoje (domingo) tive a chance de fazer os gols. O Renan salvou quando estava 2 a 1, depois o (Rodrigo) Caio e o Arboleda salvaram atrás. Tem que continuar com os pés no chão. Temos que saber as limitações, defender bem e aproveitar os contra-ataques. O torcedor merece. Não sei o que sentiria se estivesse na arquibanca­da. O torcedor merece por tudo que eles têm feito. A vitória é para eles”, comentou.

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