Supremacistas são ‘repugnantes’, diz Trump
- Após ser duramente criticado por não condenar diretamente os supremacistas brancos pela violência durante um protesto em Charlottesville, na Virgínia, no sábado (12), o presidente Donald Trump disse nesta segunda (14) que o KKK (Ku Klux Klan), os neonazistas e os supremacistas brancos são “repugnantes” e que quem comete atos violentos com base em racismo é “criminoso e bandido”.
“O racismo é mau. E aqueles que causam a violência em seu nome são criminosos e bandidos, incluindo o KKK, os neonazistas e os supremacistas brancos, e outros grupos de ódio que são repugnantes a tudo o que apreciamos como americanos”, disse Trump, em um pronunciamento convocado de última hora.
A declaração foi dada após o presidente se encontrar com o secretário de Justiça, Jeff Sessions, e o novo diretor do FBI (polícia federal americana), Christopher Wray, na Casa Branca, para falar sobre a investigação da morte da jovem Heather Heyer, 32, durante os protestos. Heyer e outros manifestantes contrários à marcha dos supremacistas em Charlottesville foram atropelados. O autor do ataque, James Fields, 20, foi preso e formalmente acusado de homicídio.
Trump vinha sendo pressionado por membros de seu gabinete a falar diretamente sobre a violência cometida pelos supremacistas. No sábado, o presidente tinha condenado a violência de “muitos lados”. “Como disse no sábado, nós condenamos nos termos mais fortes possíveis essa horrível demonstração de ódio, intolerância e violência. Não há lugar para isso na América”, disse Trump nesta segunda.
“Não interessa a cor da nossa pele, todos vivemos sob a mesma lei. Todos saudamos a mesma bandeira”, completou, depois afirmando que todos são iguais perante a Constituição. O presidente também disse que quem “agiu de forma criminosa nessa violência racista do fim de semana” responderá por isso. “A justiça será feita”, prometeu.
A controvérsia em torno de Trump motivou, nesta segunda, a demissão de um importante executivo do posto de assessor econômico do presidente. Kenneth Frazier, CEO da gigante farmacêutica americana Merck, é negro e citou sua consciência pessoal ao anunciar sua demissão.
Washington (Com France Presse)