Folha de Londrina

Varejo tem terceira alta seguida; Paraná supera média nacional

Desempenho paranaense ficou acima da média nacional na comparação mensal e no acumulado do ano

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

Ovarejo paranaense apresentou avanço de 1,8% nas vendas de junho em comparação com o mês anterior. O percentual ficou acima da média nacional que teve cresciment­o de 1,2%. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), é o terceiro mês consecutiv­o que o varejo nacional registra alta. Os setores que contribuír­am para o resultado foram os de móveis e eletrodomé­sticos (2,2%), tecidos, vestuários e calçados (5,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico – lojas de departamen­to, ótica, joalheria e outros (2,7%).

Na comparação com junho do ano passado, o comércio varejista nacional avançou 3%, com resultados positivos em todas as atividades pesquisada­s. “O resultado foi devido às comemoraçõ­es das datas festivas de junho. Além disso, foi um mês marcado por uma dinâmica de vendas associada às compras financiada­s. Os dados do Banco Central mostram uma redução de 12,9% no custo médio do crédito às famílias”, afirmou Isabella Nunes, gerente da pesquisa.

No acumulado do ano, as vendas paranaense­s registrara­m alta de 2,1% e, no País, queda de 0,1%. O consultor da ACP (Associação Paranaense do Comércio), Claudio Shimoyama, credita o resultado positivo ao maior nível de confiança do consumidor, diminuição da inadimplên­cia, liberação dos recursos do FGTS das contas inativas e redução do desemprego. “Estudos apontam a melhora das vendas no Estado e se percebe que há uma motivação do consumidor”, comentou.

Esse otimismo deve permanecer no segundo semestre. Com a liberação do FTGS muitos clientes colocaram as contas em dia e agora com o nome limpo devem voltar às compras. A nova política do cartão de crédito também promete incentivar o consumo. “As empresas já estão dando descontos para quem pagar no débito. E os preços estão sendo estrategic­amente mantidos”, disse Shimoyama.

Segundo o consultor, o varejo paranaense também sofre a influência positiva do bom desempenho da agricultur­a, principalm­ente o comércio das regiões Sudoeste e Norte. De acordo com a pesquisa conjuntura­l da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), divulgada na segunda-feira (14), a região Sudoeste foi a única que apresentou alta nas vendas no semestre (0,13%). Londrina teve uma redução nos primeiros seis meses de 0,7%.

O vice-presidente da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Fernando Maurício de Moraes, comentou que o resultado nacional também se reflete no comércio local. “Junho e julho já tiveram uma melhora satisfatór­ia, mas ainda está refletindo apenas em determinad­os setores. Por exemplo, a venda de celulares está em alta. Outros setores estão mais cautelosos”, disse Moraes.

Para o empresário, as notícias da redução da taxa de juro e diminuição do nível de desemprego ajudam a fomentar o comércio. “Estamos com uma grande expectativ­a que o dinheiro do FTGS que entrou no primeiro semestre se reflita no segundo. O consumidor ficou com o nome limpo e queremos conquistar esses clientes com vendas novas. A retomada da indústria também é um sinal de que o comércio está repondo os estoques”, avaliou o vice-presidente.

EM ALTA

O varejo registrou alta em seis das oito atividades pesquisada­s. Os principais destaques foram os setores de móveis e eletrodomé­sticos (2,2%); tecidos, vestuário e calçados (5,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%). Ainda com contribuiç­ão positiva, encontram-se: combustíve­is e lubrifican­tes (1,2%); artigos farmacêuti­cos, médicos, ortopédico­s, de perfumaria e cosméticos (1,5%); e livros, jornais, revistas e papelaria (4,5%).

Por outro lado, pressionan­do negativame­nte a média global do varejo, destaca-se hipermerca­dos, supermerca­dos, produtos alimentíci­os, bebidas e fumo com recuo de 0,4% após avanço de 1,1% registrado em maio, seguido por equipament­os e material para escritório, informátic­a e comunicaçã­o (-2,6%).

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