CLÁUDIO HUMBERTO
DF paga gratificação a servidores da Saúde como se tivessem doutorado
Nós [da operação Bullish] não aderimos a esse acordo”
Procurador Ivan Marx criticando o acordo que livrou Joesley & cia de todos os crimes
No DF, Saúde paga gratificação malandra a 82%
Além de parcelar salários, o governo do DF também estuda saídas para reduzir gastos de R$ 1,7 bilhão ao mês com pessoal, suprimindo penduricalhos e gratificações até criminosas: na Secretaria de Saúde, uma manobra malandra dá a 82% dos servidores gratificação de 30%, como se todos tivessem doutorado. O titular da secretaria, Humberto Lucena, foi proibido pelo Tribunal de Contas do DF de suspender essas gratificações, que vampirizam R$ 36,1 milhões por mês da Saúde.
Brecha malandra
A gratificação malandra se aproveita da lei que prevê gratificação de 30% para quem tem doutorado e 10% para “cursos de especialização”.
Como é a trapaça
A trapaça é fazer três “cursos de especialização”, até pela internet, e multiplicar por 3 a gratificação de 10%, acrescentando 30% ao salário.
Sorvedouro
Somando as “gratificações de titulação” dos aposentados, o total do dinheiro suprimido da Saúde, no DF, chega a R$ 49,3 milhões por mês.
Assim não dá
Salários da Secretaria de Saúde do DF consomem 83% do orçamento de R$ 6,3 bilhões, o dobro do orçamento da Saúde no Rio de Janeiro.
Partidos aliados exigem demissão de Imbassahy
Antes elogiado, o ministro Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) virou um problema para o presidente Michel Temer. A maior parte dos partidos aliados, como PR e PP, exige sua substituição. Ele é acusado de se empenhar mais pelo PSDB, seu partido, do que articular em favor do governo. Imbassahy passaria a maior parte do tempo trabalhando por sua eventual candidatura a senador ou a governador da Bahia.
Assim não dá
Inconformados com o Imbassahy no cargo, deputados baianos, antigos aliados de Temer, não querem mais saber de conversa com o Planalto.
Bahia é o meu País
“Ele só tem olhos para o PSDB da Bahia”, criticou o influente líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL), referindo-se a Imbassahy.
Risco concreto
O Planalto finge não perceber a deterioração das relações. “Uma nova denúncia contra Temer passa na Câmara”, adverte outro líder aliado.
Injustiça social
Em 2015, auge da irresponsabilidade da era Dilma, o governo federal pagou R$ 90,3 bilhões aos 29,2 milhões de aposentados do setor privado. E R$ 92,9 bilhões aos 980 mil aposentados do setor público.
Aposta em sabotagem
Na Bolívia, a oposição a Evo Morales acredita que o avião pilotado pelo ex-senador Roger Pinto Molina foi alvo de sabotagem e por isso caiu após a decolagem. Molina é um dos maiores opositores de Morales.