Operação mira esquema de lavagem de dinheiro
São Paulo - Cerca de 300 policiais federais e 45 servidores da Receita Federal foram mobilizados para a Operação Hammer-on, deflagrada por autorização da 13ª Vara Federal de Curitiba, especializada em processos sobre lavagem de dinheiro. Os agentes vasculharam endereços em várias cidades do Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina.
Durante a operação, foram realizadas três prisões em flagrante - dois suspeitos foram detidos por posse de arma de fogo e um por manter material pornográfico infantil. A PF apontou que as empresas controladas pela organização criminosa investigada movimentaram mais de R$ 5,7 bilhões de origem ilícita no período de 2012 a 2016.
As investigações, iniciadas em 2015, tiveram como foco um grupo criminoso composto de cinco núcleos interdependentes que utilizavam contas bancárias de várias empresas, em geral fantasmas, para receber vultosos valores de pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do exterior, especialmente do Paraguai.
O dinheiro “sujo” era creditado nas contas das empresas controladas pela organização criminosa e, em seguida, enviado para o exterior. Segundo a Polícia Federal, a ação resultou na apreensão de 12 veículos de luxo e cerca de R$ 900 mil em dinheiro vivo, em reais e moedas estrangeiras. Dos 153 mandados judiciais, não foram cumpridos apenas nove conduções coercitivas e três de busca e apreensão.
A operação Hammer-on é um desdobramento das operações Sustenido e Bemol, deflagradas pela Polícia Federal e pela Receita Federal de Foz do Iguaçu (Oeste), respectivamente, em 2014 e 2015. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão temerária, operação irregular de instituição financeira e uso de documento falso.