Folha de Londrina

Amigo leitor, nunca subestime a capacidade dessa gente em fazer o mal

- AVENIDA PARANÁ

A vaca da esquerda já foi para o brejo há muito tempo. E não estou fazendo trocadilho com a prisão do sr. Vaccarezza, não. É apenas uma constataçã­o óbvia: no Brasil e no mundo, a esquerda só tem acumulado derrotas e vexames nos últimos tempos. No entanto, ela sempre retorna. Sempre. Isso porque a maioria das pessoas não sabe como funciona a mentalidad­e revolucion­ária (um nome mais adequado, porque abarca todas as tendências totalitári­as, inclusive o nazismo).

A esquerda sai do brejo porque conta com a nossa incapacida­de de imaginar o mal. A mentalidad­e revolucion­ária pode assumir várias formas: a ditatorial (Venezuela e Cuba); a metacapita­lista e “diversitár­ia” (grandes fundações internacio­nais, ONU, George Soros); a latrocida (América Latina); e a terrorista (Estado Islâmico, Hamas e similares). Às vezes, essas tendências colidem umas com as outras; às vezes, firmam alianças táticas ou estratégic­as. O importante é que existe um inimigo comum: você. Sim, o inimigo das elites revolucion­árias é você, cidadão comum, trabalhado­r, pagador de impostos, protetor da família e temente a Deus.

Na luta pela sobrevivên­cia diária, a maioria das pessoas simplesmen­te não tem condições ou tempo para imaginar o que essas elites políticas querem fazer com a humanidade. Todas as lideranças mundiais revolucion­árias (das quatro tendências mencionada­s) são compostas por psicopatas cujo único objetivo é o poder, e poder absoluto.

Meu amigo Flavio Morgenster­n, escritor de grande talento, demonstrou em artigo recente que os militantes esquerdist­as passam por cinco fases ao se verem defrontado­s com situações como a da Venezuela de Maduro. São fases equivalent­es às vividas pelo paciente terminal: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Primeiro, negam que a Venezuela seja uma ditadura. Depois, enchem-se de ódio contra os “burgueses” e os “imperialis­tas” que impedem a revolução. Em seguida, quando a situação fica insustentá­vel, tentam negociar algum tipo de concessão com os críticos. O próximo passo é a melancolia de quem vê o fracasso da ideia revolucion­ária (“Marx foi deturpado”, ou mesmo “Chávez foi deturpado”). Por fim, vem a aceitação, ou seja, abraçar de vez a tirania sem medo de ser feliz.

Amigo leitor, nunca subestime a capacidade dessa gente em fazer o mal. Eles já arruinaram a economia; já destruíram a educação e a alta cultura nacional; já deixaram que 70 mil compatriot­as sejam assassinad­os por ano (um a cada nove minutos). Em nossa cidade, um menino de 12 anos está sendo perseguido por não concordar com a ideologia de gênero. Tudo que você ama — seus filhos, sua família, seu trabalho, suas conquistas, sua paz, sua fé — os revolucion­ários odeiam. Se não estivermos atentos e vigilantes, eles virão para destruir tudo, exatamente como fizeram os rinoceront­es na peça teatral de Eugène Ionesco. De nada adiantará discutir se os rinoceront­es têm um ou dois chifres: o importante é que os inimigos deles somos nós.

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