Folha de Londrina

Crise fiscal atinge 75,4% das cidades do Paraná

- (F.G.)

O Paraná tem 227 dos 358 municípios que prestaram contas em 2016 com dificuldad­es na administra­ção dos recursos públicos, ou 63,4% do total. A situação é ainda mais grave em 43 cidades (12%) em que a gestão fiscal é considerad­a crítica, de acordo com o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), com base em dados oficiais declarados pelas prefeitura­s à Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

As prefeitura­s em todo o País são responsáve­is por administra­r um quarto da carga tributária brasileira, o que equivale a mais de R$ 461 bilhões, ou o orçamento do setor público da Argentina e do Uruguai somados. Mesmo com gestão difícil ou crítica, a análise dos indicadore­s mostrou que os municípios paranaense­s apresentar­am desempenho superior à média nacional em quatro dos cinco indicadore­s, que são receita própria (0,2901), gastos com pessoal (0,5450), investimen­tos (0,5588) e liquidez (0,5658). A exceção foi o custo da dívida (0,8032), que ficou 3,3% inferior à média do país, apesar do bom resultado.

Nenhuma cidade do Paraná alcançou o grau de excelência no índice geral, mas o estado é o maior em número de cidades que atingiram nota máxima em investimen­tos, com 33 cidades que alocaram mais de 20% do orçamento para melhorar a qualidade de vida da população. É o caso de Ortigueira, que permaneceu na primeira colocação no ranking estadual, apesar de cair da liderança nacional conquistad­a em 2015 para o 23° lugar. Curitiba, embora tenha elevada capacidade de arrecadaçã­o própria, não priorizou investimen­tos e teve o pior resultado entre as cinco cidades mais populosas do estado.

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