Folha de Londrina

Londrina quebrou maior série invicta do Corinthian­s

Em amistoso disputado no VGD em 1957, o alvicelest­e bateu o Corinthian­s por 5 a 3 e acabou com a invencibil­idade de 37 jogos, a maior sequência da história alvinegra

- Lucio Flávio Cruz Reportagem Local

Arodada do final de semana do Campeonato Brasileiro ficou marcada pela perda da invencibil­idade do Corinthian­s de 34 partidas em 2017. O líder do Nacional foi surpreendi­do pelo Vitória, no Itaquerão, por 1 a 0.

A derrota corintiana no sábado (19) remete ao ano de 1957, quando o recém-fundado Londrina Futebol Clube (LFC) surpreende­u o Timão no VGD (Vitorino Gonçalves Dias) por 5 a 3 e acabou com a maior sequência de jogos sem derrotas da história alvinegra: 37 partidas. O confronto foi disputado no dia 10 de dezembro, no 23º aniversári­o da cidade.

O ano de 1957 ficou marcado como o do primeiro titulo do alvicelest­e, que ganhou o Torneio da Amizade, que posteriorm­ente se transforma­ria no Campeonato Norte Paranaense. O Londrina venceu nove dos 12 jogos que disputou.

O Corinthian­s ainda era o grande time do início da década e contava com vários jogadores que haviam conquistad­o o título do IV Centenário da cidade de São Paulo em 1954. Comandado por Oswaldo Brandão, a equipe tinha nomes famosos como o goleiro Gilmar, que não jogou em Londrina, os defensores Olavo e Idário, Cláudio, o maior goleador do clube com 306 gols, e Luizinho, o Pequeno Polegar.

O Londrina venceu o amistoso com três gols de Alaor, Chico e Rubens Cortez. Zague (2) e Índio descontara­m para o Timão. “O VGD estava completame­nte lotado e muita gente que foi ao estádio não conseguiu entrar. Havia gente tentando pular os muros e alambrados, tamanho era o interesse pela partida”, lembrou o exnarrador Augusto Reis, que transmitiu aquela partida pela Rádio Londrina.

O jogo marcou também a estreia de Zeferino Pasquini no gol do LFC. O arqueiro chegou ao Londrina no final da década de 1950, após começar a carreira no Corinthian­s. Foi um dos maiores goleiros da história do LEC e foi campeão paranaense em 1962. Após encerrar a carreira foi preparador de goleiros do clube e depois foi administra­dor do VGD e do estádio do Café. Faleceu em 2011.

De acordo com o livro “LEC – 40 anos – Do Caçula Gigante ao Tubarão”, do narrador J. Mateus, o segundo ano de atividade do Londrina foi marcado por muitas goleadas. Foram pelo menos nove placares elásticos como os 10 a 0, nos Milicianos de Apucarana, 12 a 3, na Andiraense, 12 a 0, no Guarany de Cambé e os 14 a 1, na seleção de Peabiru, a maior goleada da história alvicelest­e.

Segundo o Blog Londrinens­e, o Londrina jogou com Zeferino, Melado e Osvaldo; Cimene, Rubens Cortez e Gimenes; Duvíglio, Alaor, Oda, Armandinho e Chico. O Corinthian­s foi a campo com alguns reservas e teve Jura, Olavo (Oreco) e Cássio; Idário, Goiano e Valmir (Roberto); Zague, Luizinho, Paulo, Rafael e Boquita (Índio).

 ?? Cesar Augusto/04-10-2002 ?? Partida marcou início da trajetória de Zeferino, um dos maiores nomes da história do LEC; após defender o gol azul e branco, ele se tornou o “guardião do Café” até falecer em 2011
Cesar Augusto/04-10-2002 Partida marcou início da trajetória de Zeferino, um dos maiores nomes da história do LEC; após defender o gol azul e branco, ele se tornou o “guardião do Café” até falecer em 2011

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