Folha de Londrina

MOBILIDADE

Ippul adianta que implantaçã­o do sistema de transporte público em Londrina não deve ser concluída até 2020, data estipulada no cronograma inicial

- Simoni Saris Reportagem Local

Superbus de Londrina passa a contar com 16 veículos, mas implantaçã­o do projeto não deve ser concluída até 2020, data estipulada no cronograma inicial

ACompanhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o (CMTU) e as empresas Transporte­s Coletivos Grande Londrina e Londrisul, que operam o sistema de transporte coletivo em Londrina, entregaram nesta segunda-feira (21) oito veículos convencion­ais que vão integrar a frota do projeto Superbus. Os ônibus operam as linhas 222-Vale Azul; 231-Estação Catuaí; 903-Anel Central e 806-Saul Elkind/Estação Catuaí. São três ônibus da Londrisul e cinco da TCGL em um investimen­to total de R$ 4 milhões.

Os veículos dispõem de vários itens que proporcion­am maior segurança e conforto, como ar-condiciona­do e motor na parte traseira, que reduz os ruídos no interior do veículo. A partir de agora, o projeto Superbus passa a contar com 16 veículos, sendo 14 convencion­ais e dois articulado­s, mas a implantaçã­o do restante da estrutura, que prevê um total de 11 licitações, está bastante atrasada e não tem data para ser concluída. “Uma das coisas que identifica­mos em um projeto dessa envergadur­a é que precisava do Plano de Mobilidade Urbana que iria apontar os corredores e as áreas de conflito existentes e que necessitam de intervençã­o. O que acontece é que começou pelos ônibus, o que não deixa de ter o lado positivo, os pontos de ônibus e agora vem a estrutura. O processo foi meio inverso”, disse o presidente do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamen­to Urbano de Londrina), Nado Ribeirete.

O projeto do Superbus, elaborado na gestão passada, previa 11 licitações para a execução de algumas grandes obras, como a construção de um viaduto na avenida Dez de Dezembro (zona leste), orçado em cerca de R$ 20 milhões, e a duplicação da avenida Duque de Caxias. Até o momento, apenas duas licitações foram concluídas.

Originalme­nte, lembrou o presidente do Ippul, o projeto previa a recuperaçã­o da malha viária de algumas avenidas importante­s do município, como a Higienópol­is e a Tiradentes, em um investimen­to de R$ 60 milhões. Mas a atual administra­ção entende que essas não são as áreas em pior situação em Londrina e analisa a necessidad­e dessas obras.

“Das 37 ruas e avenidas que iriam ter esse reforço, estamos analisando para que a gente possa investir o dinheiro de uma maneira real. Estamos vendo quais projetos já estão prontos e se dá para serem adaptados para aproveitar melhor esse dinheiro que a prefeitura vai ter que pagar pelo financiame­nto junto à Caixa Econômica Federal”, explicou Ribeirete, que já adiantou que a implantaçã­o do Superbus não deve ser concluída até 2020, data estipulada no cronograma inicial do projeto.

“Ano a ano vão ser melhoradas e ampliadas a questão do Superbus, mas eu creio que no momento existem questões tão importante­s quanto essa. Nós vamos construir uma coisa que há muitos anos Londrina precisava, que é o Plano de Mobilidade Urbana, que vai definir de que maneira podemos melhorar o trânsito em Londrina e a mobilidade das pessoas e oferecer mais qualidade de vida”, acrescento­u o prefeito Marcelo Belinati.

“Quanto mais completo estiver esse sistema, melhor para o usuário porque torna o transporte mais rápido e mais confortáve­l, então para nós é importante que haja todo esse conjunto pronto”, disse o vice-presidente do grupo GBS, que administra a Londrisul, Estefano Boiko Júnior.

O gerente geral da TCGL, Gildalmo de Mendonça, cobrou da prefeitura a implantaçã­o de adequações já previstas no Plano Diretor para reduzir o tempo de viagem no transporte coletivo. “No começo de 2004, nós tínhamos uma velocidade comercial em torno de 23 a 24 km/h e hoje a média é de 9 km/h. Isso para o usuário é péssimo. A cidade precisa contribuir e ampliar as faixas exclusivas para ônibus e dar preferênci­a para o transporte coletivo, que é o que vai congestion­ar todo o trânsito da cidade.”

Projeto previa 11 licitações para a execução de grandes obras, como a construção de um viaduto

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Gustavo Carneiro Do total da frota de Superbus, 14 veículos são convencion­ais e dois articulado­s

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