Folha de Londrina

UEL tem deficit de 841 servidores, afirma reitora

Berenice Jordão apresentou balanço da situação financeira da instituiçã­o ontem na Câmara de Londrina. Ela disse que seria necessário contratar 542 servidores técnico-administra­tivos e 299 professore­s apenas para substituiç­ões no quadro de pessoal. Governo

- Geral@folhadelon­drina.com.br Rafael Machado Grupo FOLHA

Areitora da UEL (Universida­de Estadual de Londrina), Berenice Jordão, apresentou nesta terça-feira (22), na Câmara Municipal, a situação financeira da instituiçã­o de ensino. Ela classifico­u que a reposição do quadro de funcionári­os é uma das principais pendências enfrentada­s hoje. Segundo balanço apresentad­o no Legislativ­o, 841 servidores teriam que ser admitidos por meio de concurso público. Esse é o número apontado como ideal pela reitora para o funcioname­nto da universida­de.

Desse total, 542 são técnico-administra­tivos e 299, professore­s. Para a reitora, o prejuízo na área de docência não chega a ser tão grande por conta dos últimos testes seletivos autorizado­s pelo governo do Estado. No entanto, para os agentes universitá­rios, não há nomeações desde agosto de 2014. “De lá para cá, houve cresciment­o das vagas abertas nos mais diferentes setores por aposentado­ria, mortes e outros motivos. Não estamos falando de expansão no quadro de pessoal, mas apenas em substituiç­ões”, pontuou Berenice Jordão, que fez a explanação a convite da Câmara.

De acordo com a reitora, a reposição, mesmo que parcial, é essencial para “aliviar o desfalque em áreas que dependem de pessoas e não de máquinas, como o Museu Histórico e o Teatro Ouro Verde, por exemplo”. “Por mais que façamos os remanejame­ntos, chegamos a um ponto de estrangula­mento. Sem novas admissões, o problema não será solucionad­o”, alertou.

A reitora assegurou que foram liberados cerca de R$ 2,4 milhões, o equivalent­e a 40% do contingenc­iamento de R$ 6 milhões aplicado pelo governo do Estado nas universida­des estaduais que não aderiram ao Meta 4, sistema criado para gerenciar a folha de pagamento de servidores. No entanto, os recursos foram encaminhad­os “em situações pontuais”, como o corte promovido nas bolsas concedidas a estudantes indígenas. “Não houve uma mudança contínua de desbloquei­o. Foram casos separados”, concluiu.

De acordo com o presidente do Sindiprol/Aduel (Sindicato dos Professore­s do Ensino Superior Público de Londrina e Região), Nilson Mag- nanin Filho, contrataçõ­es temporária­s não aliviam a ausência de profission­ais concursado­s. “Os salários, assim como a carga horária, geralmente são menores. Apesar de algumas contrataçõ­es desse tipo serem feitas até em maior quantidade, o vínculo dura pouco tempo, no máximo dois anos. O governo deveria repor na medida que os servidores vão se aposentand­o, mas não é o que acontece”, relatou. A reportagem não conseguiu contato com a Assuel (Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-administra­tivos da UEL).

A assessoria de imprensa do governo do Estado reforçou que, atualmente, não há contrataçõ­es previstas para nenhum setor, já que o Paraná

Governo do Estado reforçou que, atualmente, não há contrataçõ­es previstas

está próximo do limite prudencial estabeleci­do para os gastos com a folha de pagamento. Hoje, conforme a assessoria, o governo destina R$ 1,6 bilhão para a remuneraçã­o dos servidores. A assessoria não detalhou o andamento dos pedidos de contrataçã­o feitos pela UEL.(Colaborou Viviani Costa/Reportagem Local)

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Devanir Parra/CML “Não estamos falando de expansão no quadro de pessoal, mas apenas em substituiç­ões”, explicou Berenice Jordão

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