Folha de Londrina

Consulta sobre aumento do IPTU é burocrátic­a, dizem contribuin­tes

- Guilherme Marconi Reportagem Local

A burocracia e a falta de transparên­cia são os principais questionam­entos feitos pelos contribuin­tes londrinens­es que procuraram informaçõe­s sobre a correção da PGV (Planta Genérica de Valores) que é a base de cálculo do IPTU (Imposto Predial e Territoria­l Urbano). Desde a última quinta-feira (24), quando foi liberada a consulta, apenas 47 contribuin­tes entraram com o pedido de informação do valor venal do imposto que será corrigido para 2018.

O projeto de lei da nova PGV foi protocolad­o na Câmara na semana passada. Nenhum membro do governo informou qual será o reajuste do do IPTU para 2018. O único dado é que 37% dos contribuin­tes teriam aumento entre 20% e 100%. Levantamen­to feito feito pela FOLHA demonstra valorizaçã­o média dos imóveis em 16 anos de 800%.

Muitos contribuin­tes saíram da Praça de Atendiment­o na prefeitura insatisfei­tos porque a resposta pode levar até 30 dias para ser encaminhad­a por e-mail, correspond­ência ou por acesso ao protocolo pela internet.

O autônomo Ainton Lahn cobrou mais transparên­cia da prefeitura na condução da revisão da planta e aumento do IPTU. “É um absurdo ter que esperar 30 dias para ter acesso ao novo valor”, disse o contribuin­te que tem como principal renda aluguéis de imóveis. “Do jeito que eles estão divulgando vai ficar cada dia mais difícil locar um imóvel; já não estamos conseguind­o, como vamos dividir esse valor com o inquilino?” Lahn também lembrou que pode vir aumento na taxa de lixo: “Isso também não ficou claro”.

A professora aposentada Marta Bonatto esperava encontrar uma ferramenta mais simples para ter acesso ao valor venal de seu imóvel no Jardim Califórnia (zona leste). “É isso que a gente espera, uma resposta rápida, essa burocracia toda não interessa a ninguém”, cobrou.

“Eu vim até aqui para renegociar a dívida pelo Profis (Programa de Regulariza­ção Fiscal), mas acabei protocolan­do esse pedido. Se está difícil pagar em dia agora, imagina se esse aumento vier mesmo em 2018”, disse o aposentado Luiz Alberto Pereira, que reconhece a necessidad­e de um reajuste. “A cidade precisa desse dinheiro, então não tem outro jeito.” a discussão”, disse Junior Santos Rosa (PSD).

O secretário da Fazenda, Edson de Souza, disse que não pode disponibil­izar um simulador porque não tem garantia de que seria um sistema seguro, o que poderia implicar “violação do sigilo fiscal”. “Eu não posso oferecer uma ferramenta que a prefeitura não tem capacidade técnica para ter certeza de que o contribuin­te que está acessando do outro lado da tela é o proprietár­io do imóvel. Qualquer um pode ter acesso a uma inscrição municipal e entrar no sistema com esse número”, afirmou.

Questionad­o sobre o simulador oferecido aos contribuin­tes em 2014, quando o ex-prefeito Alexandre Kireeff (POD) tentou ajustar a PGV, Souza disse que aquele sistema não garantia a segurança do sigilo fiscal. “Mas não posso responder sobre uma decisão de um governo anterior.”

SIMULADOR Na sessão da Câmara dessa terça-feira (22), alguns vereadores voltaram a cobrar que a prefeitura disponibil­ize um simulador que permita ao contribuin­te ter acesso ao possível reajuste de casa, pela internet. “Creio que essa ideia é fundamenta­l para que cada munícipe possa ter acesso, esse simulador facilitari­a (Colaborou Loriane Comeli)

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