Transporte judicializado
Enquanto não forem removidas as barreiras judiciais, o sistema de transporte coletivo da capital marchará para a inviabilidade, agora expressa no apuro de que a tarifa técnica alcançou R$ 4,03 quase se equiparando à que está em vigor. Dados que interessam aos empresários acabam predominando como se deu na questão da pesquisa origemdestino que gerou a ruptura da integração metropolitana por parte de Gustavo Fruet em desacordo com a taxa de subsídio que o governo estadual reconhecia. A Urbs diz discordar e ameaça recurso, mas quase sempre acaba em acordo com o oligopólio.
Uma das causas do desequilíbrio financeiro está no congelamento das tarifas por cinco anos na gestão de Beto Richa segue-se na inviabilidade de as empresas suportarem investimentos como o de renovação das frotas, sem a qual o modelo vai às cucuias. Só um tipo de intervenção técnica clarearia a questão: a perícia administrativa e judicial. Ademais parece indispensável botar o olho na derradeira licitação feita pelo sucessor de Beto Richa, mas por ele preparada. Não faz tempo o conselheiro do Tribunal de Contas, Ivan Bonilha, que, como procurador do município, orientou o certame, propôs e o colegiado acatou o processo de baixa impositiva das tarifas, medida afinal não acolhida no Judiciário. É contradição demais para o exercício minimo do raciocínio. Hoje temos dois sistemas que não funcionam: o metropolitano, aos cuidados da Comec, que tenta administrá-lo aos trancos e barrancos, e o de Curitiba em marcha para o colapso.