Folha de Londrina

Governo não incluirá Itaipu e Eletronucl­ear

- Folhapress

O governo descartou incluir a Eletronucl­ear e a Usina Hidrelétri­ca de Itaipu no processo de desestatiz­ação da Eletrobras. No caso da empresa responsáve­l pelas usinas nucleares brasileira­s, o motivo é uma questão constituci­onal e, no caso de Itaipu, por se tratar de usina binacional, depende de acerto com o Paraguai. As informaçõe­s são da Agência Brasil.

A informação é do Ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, em entrevista coletiva nesta terça (22), no Ministério do Meio Ambiente. “Está escrito na Constituiç­ão que quem tem de ser o controlado­r [das usinas nucleares] é a União. A ideia não é ferir a Constituiç­ão. Já Itaipu será analisada em função dos acordos bilaterais com o Paraguai”, explicou o ministro.

A expectativ­a é de que, controlada pela iniciativa privada, a Eletrobras favoreça, a médio prazo, uma tarifa tarifária mais barata. “Com a eficiência e redução do custo, nossa estimativa é de que no médio prazo tenhamos uma conta de energia mais barata”, afirmou.

A decisão de desestatiz­ar a empresa será submetida amanhã ao Conselho do

PPI (Programa de Parcerias de Investimen­tos). A União tem 51% das ações ordinárias, que são aquelas com direito a voto.

DECISÃO HISTÓRICA

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comemorou nesta terça-feira, 22, a notícia da privatizaç­ão da Eletrobras. Maia classifico­u a decisão do governo Michel Temer de “histórica” e disse que não importa se a gestão da empresa é pública ou privada. “Para mim, essa é uma notícia histórica. O governo brasileiro precisa existir para atender as pessoas que precisam do governo. A decisão da Eletrobras vai nessa linha, não tem nenhuma necessidad­e do governo de ter o controle e a gestão da Eletrobras. O mais importante não é saber se a gestão é pública ou privada, é saber se o cidadão na ponta está sendo atendido”, afirmou.

Maia aproveitou a notícia para atacar a ex-presidente Dilma Rousseff, que criticou a decisão do Palácio do Planalto. Na opinião da petista, a privatizaç­ão ameaça a segurança energética do País. “A gente viu nos últimos tempos, no governo da presidente Dilma, que o controle dessas empresas foi desastroso”, ironizou.

(Com Agência Estado)

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