Briguet, cidadão honorário de Londrina
Paulo Briguet chegou a Londrina pela estrada da vida. Segundo ele próprio, estrada essa que se iniciou décadas atrás. Em cada cruzada, um “affiche” conduzindo-o para determinada derivação de tal sorte que chegou à nossa comunidade. Ainda que durante o trajeto ele não tivesse consciência para onde ia, assim que se instalou na cidade tudo lhe ficou claro. Os “affiches” eram as vozes do seu destino que o impediram de trilhar por qualquer outro caminho. Por isso, agora, consciente, ele as identificou no seu discurso de agradecimento ao merecido título de cidadão honorário da nossa cidade. Ao mesmo tempo, resgatou, com propriedade, as lições de filosofia que todo e qualquer jovem se faz em determinado estágio da sua existência. Principalmente, quando é a própria filosofia que se lhe apresentou. Dura, racional, logica, de difícil repassagem e entendimento a outros. Daí a sua preferência pelo jornalismo como ele próprio afirmou no seu discurso de agradecimento ao título que a cidade lhe outorgou. Muitas vezes sentimos nostalgia de um passado longínquo, anterior à nossa existência atual, onde teríamos, em grupo, participado disso o daquilo e que resultou num enorme avanço da própria humanidade. Mas que temos, diante de nós, a impossibilidade de uma demonstração segura quanto a isso. No andar da carruagem, muitos afirmam estarem sós nesta atual jornada. O grupo dispersou-se na estrada da vida. Com que finalidade? A única justificativa que possa consolá-los é que estão participando de um mesmo proposito divino. Com muita propriedade, no seu discurso de agradecimento ao título de Cidadão Honorário de Londrina, Briguet buscou o passado do seu destino para justificar o presente. Agora, pertencente ao grupo dos londrinenses, utilizando-se da sua ferramenta de trabalho (o jornalismo), seja o guri que batia tambor na frente do exército de Napoleão conduzindo milhares de soldados diante do inimigo. Parabéns. JOSÉ PEDRO DA ROCHA NETO (engenheiro) - Londrina