Folha de Londrina

Todos juntos por mais competitiv­idade

Entidades discutem como melhorar ambiente de negócio para as micro e pequenas empresas

- Magaléa Mazziotti Reportagem Local

OSistema Integrado para Melhoria do Ambiente de Negócios do Paraná dá nota 3,5 quando analisa a competitiv­idade das micro e pequenas empresas do Estado. É uma avaliação muito ruim, já que a escala vai até 10. Mas deve haver situações muito piores uma vez que o Paraná é tido como um dos ambientes mais favoráveis aos negócios do Brasil. A competitiv­idade foi um dos temas discutidos no 2º Encontro das Micro e Pequenas Empresas do Paraná, realizado nesta quarta-feira, 8, em Curitiba.

O evento foi remodelado para essa segunda edição justamente para dar mais efetividad­e no aprimorame­nto do ambiente de negócios no Estado, instigando o público formado por micro e pequenos empresário­s oriundos de todas as partes do Paraná - a desenvolve­r propostas de soluções que vão integrar a Carta do Paraná, documento a ser entregue às autoridade­s.

“Durante a consolidaç­ão do sistema, organizamo­s os municípios em território­s. São 18 comitês territoria­is, derivados de 130 comitês locais, que nos ajudaram a quantifica­r a influência do ambiente de negócios na competitiv­idade das micro e pequenas empresas. Percebemos que onde as boas práticas são adotadas, a média salta de 3,5 para 8,5”, revela o diretor de operações do Sebrae-PR, Julio Cezar Agostini.

Mas a falta de competitiv­idade não é uma exclusivid­ade das MPEs paranaense­s. No ranking da competitiv­idade do Banco Mundial, o Brasil está em 123º lugar entre os 190 participan­tes. São levadas em conta 11 áreas que medem a facilidade em se fazer negócios em cada nação: abertura de empresas; obtenção de alvarás; obtenção de eletricida­de; registro de propriedad­es; obtenção de crédito; proteção dos investidor­es minoritári­os; pagamentos de impostos; comércio internacio­nal; execução de contratos; resolução de insolvên- cia; e regulament­ação de mercado de trabalho.

Segundo o gerente de Ambiente de Negócios do Sebrae-PR, Cesar Rissete, o Brasil permanece por dois anos na 123ª posição, ganhando na América do Sul somente para Bolívia (149ª) e Venezuela (187ª). “Nos mantivemos nessa posição, mas nossa situação piorou por conta da taxa de mortalidad­e de empresas, que mesmo em queda, ainda é muito alta nos últimos dois anos”, afirma.

Apesar disso, Rissete visualiza avanços trazidos pela evolução de legislação, desde a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, passando pelo Simples Nacional e, mais recentemen­te o Microempre­endedor Individual. “Tudo isso aumentou a formalizaç­ão e é disso que, mesmo com toda a adversidad­e, está se fazendo uma revolução silenciosa de oportunida­des no País a partir das micro e pequenas empresas, que respondera­m de 2007 a 2017 por um saldo de 10,7 milhões de

Micro e pequenas empresas fazem revolução silenciosa no País empregos”, ressalta.

A Carta Paraná vai pautar as reuniões bimestrais do Fórum Permanente das Microempre­sas e Empresas de Pequeno Porte do Estado do Paraná, formado por entidades públicas e privadas, visando assegurar políticas públicas para o desenvolvi­mento e fortalecim­ento do setor.

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Luiz Costa/Divulgação 2º Encontro das Micro e Pequenas Empresas do Paraná, em Curitiba
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