O perfil da população brasileira
Uma em cada quatro cidades brasileiras sofreu redução populacional em relação a 2016. É o que aponta a nova estimativa populacional divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No Paraná, 39% dos municípios tiveram queda no número de habitantes. O índice corresponde a 155 localidades dos 399 do Estado. As cinco localidades paranaenses que mais tiveram diminuição foram Altamira do Paraná, Nova Cantu, Nova Tebas, Marquinho e Janiópolis. A grande parte dos afetados tem até 20 mil habitantes, dados que preocupam entidades como a AMP (Associação dos Municípios do Paraná), pois essa estimativa é levada em consideração na divisão de repasses do Fundo de Participação dos Municípios, recurso que “salva a vida” das pequenas cidades em todo o país. O cenário econômico e a redução da taxa de natalidade estão entre as principais razões para essa diminuição. Mas no balanço final, o Paraná registrou um crescimento de 3% em relação ao levantamento realizado no ano passado e a população saltou de 11,2 milhões para 11,3 milhões. As localidades que mais cresceram foram Sarandi, Tunas do Paraná, Pontal do Paraná, Mauá da Serra e Itaipulândia. O IBGE estima que o Brasil já alcançou pouco mais de 207 milhões de habitantes. Para chegar a essa estimativa, o instituto considera as taxas de fecundidade, mortalidade e migração, além do crescimento populacional observado nos Censos Demográficos de 2000 e 2010. São Paulo, a mais populosa, tem 12,1 milhões de habitantes. Na sequência, aparecem o Rio de Janeiro, Brasília e Salvador. Como já vem sendo apontado pelos estudos do IBGE, a composição da população brasileira aponta para uma tendência rápida de envelhecimento, com o aumento da parcela de idosos e a redução dos outros grupos etários. Gestores públicos e lideranças não podem demorar mais para se debruçar nesses números e pensar em soluções para um futuro que não está muito distante. Dois problemas precisam de atenção urgente. O primeiro é o empobrecimento dos pequenos municípios que, ao perder habitantes, perde também recursos federais. A segunda preocupação vem com a diminuição da população jovem e o aumento da população idosa, que provoca a elevação nos custos da previdência social, dos gastos com saúde e falta de jovens no mercado de trabalho.