Folha de Londrina

Ibiporã economizar­á R$ 900 mil com revisão do contrato de lixo

- Guilherme Marconi Reportagem Local

Após notificaçã­o do TC (Tribunal de Contas) do Paraná, Ibiporã (Região Metropolit­ana de Londrina) conseguirá economizar R$ 75 mil por mês ou R$ 900 mil por ano no contratado de coleta, tratamento e destinação do lixo. Ou seja, o custo mensal do serviço cairá 21,1%: de R$ 355,5 mil para R$ 280,5 mil a partir desta sexta-feira (1º). As irregulari­dades foram apontadas pelo TC em novembro de 2016.

“Identifica­mos uma série de gargalos e o município não tinha um controle preciso das planilhas”, informou o coordenado­r de fiscalizaç­ão de Licitações e Contratos do TC, João Halberto Maciel. Ele explica que, a partir da notificaçã­o, houve disposição da administra­ção municipal de Ibiporã para adotar as medidas corretivas. Com isso, foi feita a revisão no contrato pelo Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), empresa responsáve­l pela gestão do contratos de água, esgoto e também coleta de lixo na cidade, com a prestadora do serviço, a Kurika Ambiental S/A.

O novo termo aditivo ao contrato modifica sete itens da planilha de custos, adequando-a às reais necessidad­es do serviço no município. A quantidade mensal estimada de resíduos sólidos coletados foi reduzida em 9%, de 1,2 mil para 1,1 mil toneladas. Também foram recalculad­os os custos mensais com mão de obra (com redução de R$ 28 mil).

“Foi um trabalho árduo para equalizar o custo, mas não mexemos na qualidade do serviço prestado. A diferença é que vai passar um caminhão menor nas ruas e diminuímos a mão de obra”, informou o diretor de limpeza pública do Samae, Edivaldo de Paula.

Apesar da economia no contrato, na ponta, o contribuin­te de Ibiporã não verá redução nos custo da tarifa no boleto mensal. “O efeito para população é que o valor cobrado pela taxa de coleta não cobria os custos operaciona­is e o município tinha que subsidiar o serviço.” Ele explica que a nova planilha trouxe equilíbrio nesta cobrança.

Em paralelo, no TC tramita um processo para apurar as irregulari­dades no contrato vigente. “O processo está em curso, ao fim poderá ou não ter ressarcime­nto ao erário”, explicou Maciel. No termo aditivo também foi feito um acordo entre a terceiriza­da e o Samae para compensaçã­o financeira. Ao longo do ano, antes mesmo de formalizar o aditamento contratual, o Samae negociou reduções graduais no valor do contrato com a prestadora do serviço.

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