Anfiteatro do Zerão passa por reforma
Espaço para apresentações culturais apresenta vários problemas, como falta de luminárias, bancos quebrados e pichações
Oanfiteatro do Zerão passa por uma revitalização. As obras, realizadas pela prefeitura municipal, devem ser concluídas ainda em setembro. O espaço faz parte do complexo do Centro de Lazer e Recreação Luigi Borghesi (Zerão), na zona sul de Londrina. Em 2018 espaço deve completar 30 anos, mas o quadro encontrado pela reportagem não é dos melhores. Falta de luminárias, corrimãos e bancos quebrados e inúmeras pichações fazem parte da lista de problemas.
A auxiliar de cozinha Elizangela Ferreira Ribeiro, que costuma fazer treino físico no local, observa que a manutenção está deixando a desejar. “A manutenção está desleixada e tem muita coisa quebrada. É um patrimônio da cidade e às vezes a gente vem aqui e não dá nem para ficar; se fosse melhor cuidado seria um lugar gostoso para vir com a família”, aponta.
O chefe de Gabinete da Prefeitura de Londrina, Bruno Ubiratan, explicou que foram esses problemas que motivaram a revitalização do espaço, que prevê readequações dos banheiros e melhorias nos encanamentos, reabertura da frente do anfiteatro, recuperação das grelhas localizadas nas arquibancadas, além dos próprios bancos, e melhoria na iluminação. Um pequeno teatro sob o palco que chegou a ser fechado pela própria prefeitura, porque vinha sendo utilizado como abrigo por moradores em situação de rua e ponto de consumo de drogas, agora será reaberto.
Os serviços incluem também a instalação de brinquedos para um parque infantil ao lado do anfiteatro. “Não temos noção do volume de investimento que será realizado, pois como se trata da junção do trabalho de várias secretarias, ainda estamos planilhando o valor”, afirma Ubiratan.
Questionado se esse investimento pode se perder em função do vandalismo, ele garante que a segurança será reforçada. “Também vamos pedir a ajuda da população do entorno para denunciar se observar uma movimentação diferente”, aponta.
CÓRREGO
Além do anfiteatro, o restante do complexo do Zerão carece de investimentos para recuperação dos equipamentos. O Córrego do Leme está com trechos assoreados e parte do concreto que servia de proteção do curso de água já não existe mais. Uma ponte de madeira está quebrada, alambrados das quadras esportivas estão danificados e brinquedos do parque infantil estão quebrados. Uma tartaruga de sinalização feita com concreto está danificada e com os ferros de sua armação exposto, sob risco de provocar acidentes.
A estudante de Ciências Biológicas, Raquel Emi Suwa destaca que o poder público já tentou fazer a manutenção em outras oportunidades, mas ressalta que o vandalismo e o lixo jogado pelos frequentadores são uma coisa séria. “Acho que aqui deveria ser utilizado de maneira mais consciente. Não tenho problema com grafite, que acho que deixa até bonito, mas o problema é a falta de cuidado com o patrimônio público”, aponta.
Um grupo de adolescentes skatistas conta que eles fazem o conserto com recursos próprios ou auxílio de lojas de artigos especializados. “O poder público poderia ajudar mais, mas a gente mesmo já consertou várias coisas. Quando aparece um buraco no piso, a gente mesmo coloca cimento
com nosso dinheiro”, conta um dos jovens.
Ubiratan afirma que ainda não há previsão de revitalização do restante do complexo. “O anfiteatro está no nosso calendário e o Bosque (Marechal Cândido Rondon) também. Sabemos que existem reparos a serem feitos no restante do Zerão, mas não é o caso realizá-los agora. Vamos fazer isso aos poucos. Temos outras prioridades”, afirma.
Enquanto não podem quebrar cabeças, os seguidores modernos contentam-se em jogar ovos nos inimigos