Folha de Londrina

Anfiteatro do Zerão passa por reforma

Espaço para apresentaç­ões culturais apresenta vários problemas, como falta de luminárias, bancos quebrados e pichações

- Vítor Ogawa Reportagem Local

Oanfiteatr­o do Zerão passa por uma revitaliza­ção. As obras, realizadas pela prefeitura municipal, devem ser concluídas ainda em setembro. O espaço faz parte do complexo do Centro de Lazer e Recreação Luigi Borghesi (Zerão), na zona sul de Londrina. Em 2018 espaço deve completar 30 anos, mas o quadro encontrado pela reportagem não é dos melhores. Falta de luminárias, corrimãos e bancos quebrados e inúmeras pichações fazem parte da lista de problemas.

A auxiliar de cozinha Elizangela Ferreira Ribeiro, que costuma fazer treino físico no local, observa que a manutenção está deixando a desejar. “A manutenção está desleixada e tem muita coisa quebrada. É um patrimônio da cidade e às vezes a gente vem aqui e não dá nem para ficar; se fosse melhor cuidado seria um lugar gostoso para vir com a família”, aponta.

O chefe de Gabinete da Prefeitura de Londrina, Bruno Ubiratan, explicou que foram esses problemas que motivaram a revitaliza­ção do espaço, que prevê readequaçõ­es dos banheiros e melhorias nos encanament­os, reabertura da frente do anfiteatro, recuperaçã­o das grelhas localizada­s nas arquibanca­das, além dos próprios bancos, e melhoria na iluminação. Um pequeno teatro sob o palco que chegou a ser fechado pela própria prefeitura, porque vinha sendo utilizado como abrigo por moradores em situação de rua e ponto de consumo de drogas, agora será reaberto.

Os serviços incluem também a instalação de brinquedos para um parque infantil ao lado do anfiteatro. “Não temos noção do volume de investimen­to que será realizado, pois como se trata da junção do trabalho de várias secretaria­s, ainda estamos planilhand­o o valor”, afirma Ubiratan.

Questionad­o se esse investimen­to pode se perder em função do vandalismo, ele garante que a segurança será reforçada. “Também vamos pedir a ajuda da população do entorno para denunciar se observar uma movimentaç­ão diferente”, aponta.

CÓRREGO

Além do anfiteatro, o restante do complexo do Zerão carece de investimen­tos para recuperaçã­o dos equipament­os. O Córrego do Leme está com trechos assoreados e parte do concreto que servia de proteção do curso de água já não existe mais. Uma ponte de madeira está quebrada, alambrados das quadras esportivas estão danificado­s e brinquedos do parque infantil estão quebrados. Uma tartaruga de sinalizaçã­o feita com concreto está danificada e com os ferros de sua armação exposto, sob risco de provocar acidentes.

A estudante de Ciências Biológicas, Raquel Emi Suwa destaca que o poder público já tentou fazer a manutenção em outras oportunida­des, mas ressalta que o vandalismo e o lixo jogado pelos frequentad­ores são uma coisa séria. “Acho que aqui deveria ser utilizado de maneira mais consciente. Não tenho problema com grafite, que acho que deixa até bonito, mas o problema é a falta de cuidado com o patrimônio público”, aponta.

Um grupo de adolescent­es skatistas conta que eles fazem o conserto com recursos próprios ou auxílio de lojas de artigos especializ­ados. “O poder público poderia ajudar mais, mas a gente mesmo já consertou várias coisas. Quando aparece um buraco no piso, a gente mesmo coloca cimento

com nosso dinheiro”, conta um dos jovens.

Ubiratan afirma que ainda não há previsão de revitaliza­ção do restante do complexo. “O anfiteatro está no nosso calendário e o Bosque (Marechal Cândido Rondon) também. Sabemos que existem reparos a serem feitos no restante do Zerão, mas não é o caso realizá-los agora. Vamos fazer isso aos poucos. Temos outras prioridade­s”, afirma.

Enquanto não podem quebrar cabeças, os seguidores modernos contentam-se em jogar ovos nos inimigos

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Anderson Coelho Localizada na zona sul, a arena ao ar livre foi construída na década de 1980
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