Folha de Londrina

Governo avalia importar energia

- Anne Warth Agência Estado

- O governo cogita aumentar o volume de importação de energia de países vizinhos como Argentina e Uruguai. O motivo é a previsão de chuvas para os próximos meses na região Centro-Oeste, que deve ficar abaixo da média histórica. As principais bacias hidrográfi­cas do País se concentram nessa região e abastecem os reservatór­ios de diversas usinas hidrelétri­cas.

Outras ações em análise são a adoção de medidas de incentivo ao uso racional de energia e o aumento dos limites de transferên­cia de energia entre as regiões do País. O Ministério de Minas e Energia, no entanto, reitera que o abastecime­nto está garantido, ainda que seja necessário acionar usinas que gerem energia mais cara.

Em nota divulgada pelo ministério nesta quarta-feira, 6, o governo reiterou que a importação, se realizada, será feita a “preços competitiv­os”. A decisão será tomada em duas semanas, em reunião extraordin­ária do CMSE (Comitê de Monitorame­nto do Setor Elétrico), órgão presidido pelo MME.

Se a medida for aprovada, o volume de energia importada será definido semanalmen­te pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), com base na oferta e no preço declarados pela Eletrobras.

“A importação de energia só ocorrerá se o preço da energia ofertada pela Eletrobras, agente responsáve­l pela importação, for menor que o custo marginal de operação (CMO), ou seja, se a energia a ser importada estiver mais barata que a energia disponível no Sistema Interligad­o Nacional (SIN), buscando sempre obter modicidade tarifária”, informou o MME.

Na nota, o MME ressalta a possibilid­ade de atraso no início do próximo período chuvoso, que normalment­e ocorre em novembro, em razão da previsão de chuvas abaixo da média no CentroOest­e. Além disso, as chuvas na Região Sul também estão inferiores à média, o que levou à necessidad­e de transferên­cia de energia advinda das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Brasília

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