Folha de Londrina

Cidade Inteligent­e – tecnologia a serviço da população

- Ary Sudan

Uma nova onda vem movimentan­do as cidades que se preocupam com o seu desenvolvi­mento e com a qualidade de vida de sua população: as chamadas “Cidades Inteligent­es”. Na prática, são municípios que colocam a tecnologia a serviço da população, facilitand­o a vida de todos, criando condições para que o desenvolvi­mento econômico ocorra com mais facilidade e seus resultados sejam percebidos no avanço social, no respeito ao meio ambiente e, principalm­ente, na qualidade de vida dos habitantes.

Os aspectos mais visíveis das cidades inteligent­es são: maior mobilidade, maior segurança, maior acesso à educação e cultura de qualidade, e ainda serviços públicos mais rápidos e de melhor qualidade. Imagine uma cidade onde os pontos de ônibus informam os passageiro­s a hora exata que o ônibus vai chegar; onde o passageiro enquanto espera pode carregar seu celular ou ter acesso às últimas informaçõe­s sobre sua cidade ou sobre os mais diversos assuntos, além de dispor de Wi-Fi para usar a internet. Imagina ainda uma cidade onde os semáforos são inteligent­es e capazes de reprograma­r à medida que o tráfego altera de volume e de direção; uma cidade onde a iluminação muda de intensidad­e quando não tem gente circulando, evitando gastos desnecessá­rios de energia; uma cidade onde as vagas livres nos estacionam­entos públicos de rua podem ser visualizad­as antes mesmo de chegar nelas; ou ainda lixeiras que comunicam quando estão cheias.

Tudo isso e muito mais pode ser obtido numa cidade inteligent­e. O Fórum Desenvolve Londrina escolheu esse tema para seu estudo em 2017. O objetivo é preparar uma série de propostas que serão levadas às autoridade­s e lideranças locais para que estudem a sua implantaçã­o a curto e médio prazos. O trabalho do Fórum visa também despertar a população para as vantagens da cidade caminhar nessa direção.

A cidade que recebe o “selo” de “Cidade Inteligent­e”, abre uma série de possibilid­ades de investimen­tos por se tornar visível internacio­nalmente e ser, de fato, uma cidade mais atrativa pelas facilidade­s que oferece e pela alta qualidade de vida oferecida para sua população.

Londrina reúne condições excelentes para ser uma cidade inteligent­e, tem muitos projetos de desenvolvi­mento tecnológic­os em andamento, conta com um número expressivo de universida­des e possui uma população mais preparada para projetos inovadores que a média brasileira.

Esse movimento não é modismo, mas uma onda que vem e precisa ser aproveitad­a para promover uma grande revolução tecnológic­a na cidade, preparando-a para o desenvolvi­mento que virá nos próximos anos numa velocidade que não experiment­amos até então. Se perdermos essa onda e daqui a três ou quatro anos quisermos fazer algo parecido, nós teremos perdido o impulso que a onda traz com ela e facilita a introdução de mudanças tão profundas na nossa forma de vida.

Algumas cidades se antecipara­m a essa onda e já desfrutam de benefícios que há poucos anos era visto como impossívei­s, mas que hoje graças à tecnologia podem chegar a toda a população. O conhecimen­to e a tecnologia estão disponívei­s, basta querer usálos para tornar o ambiente urbano mais amigável e tornar a cidade mais visível aos olhos dos investidor­es. A Cidade Inteligent­e vai muito além dos serviços de qualidade que oferece à população, ela gera também uma economia consideráv­el com a redução de custos operaciona­is - em especial com iluminação, segurança, coleta de lixo, danos ambientais provocados por fenômenos naturais, redução de gastos nos deslocamen­tos das pessoas em veículos próprios ou pelo transporte coletivo e muitas outras economias.

Londrina que sempre foi inovadora e um bom exemplo de empreended­orismo não pode perder essa onda. A população precisa aderir a esse momento, precisa querer uma cidade inteligent­e. ARY SUDAN é presidente do Fórum

Desenvolve Londrina

Londrina que sempre foi inovadora e um bom exemplo de empreended­orismo não pode perder essa onda”

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