Unidade da BRF deve ser concluída daqui a um ano
Prefeito e presidente da Codel já assinaram escritura de doação de terreno do centro de distribuição; investimento é de R$ 80 milhões
Oprefeito de Londrina, Marcelo Belinati, e o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Reinaldo Ribeirete, assinaram nesta quinta-feira (14) pela manhã a escritura de doação de terreno localizado na região norte da cidade para a instalação de um Centro de Distribuição (CD) da BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo. A doação do terreno foi aprovada pela Câmara dos Vereadores em dezembro do ano passado. O investimento da BRF no projeto é de R$ 80 milhões, com geração de cerca de 600 empregos diretos e indiretos.
A área, de 150 mil metros quadrados e localizada no prolongamento da Saul Elkind, sentido Ibiporã, já pertencia à prefeitura. “Ali já tem várias empresas como a Dixie Toga, é uma área com acesso legal e não está longe do polo central de Londrina”, descreveu o presidente da Codel.
A previsão é que a construção do novo Centro de Distribuição da BRF seja concluída em setembro de 2018. Segundo a companhia do setor de alimentos, o local tem o objetivo de agilizar o atendimento dos municípios do Oeste paulista, do sul do Mato Grosso do Sul e do Paraná. O espaço irá armazenar produtos das marcas Sadia, Perdigão e Quality e será projetado para receber até 150 caminhões por dia e movimentar até 15 mil toneladas de alimentos ao mês.
“Essa decisão integra o Plano Diretor de Logística da companhia, que considera a ampliação de serviços e a otimização do atendimento”, afirmou Leonardo Byrro, vice-presidente de supply e planejamento integrado da BRF, em nota enviada pela assessoria de imprensa. Hoje, a companhia tem sete fábricas e dois centros de distribuição no Estado, que empregam mais de 17 mil funcionários.
CONTRAPARTIDA
Para o presidente da Codel, a contrapartida da empresa é a geração de empregos e de impostos. “A contrapartida que a empresa está dando é a geração de empregos substancial e os impostos, que apesar de serem ICMS, têm um volume alto.” Ribeirete disse que também pediu à BRF que, com a instalação em Londrina, desse oportunidade a fornecedores e prestadores de serviços locais. “Geralmente, quando uma indústria se instala, ela fica com uma base local, mas os prestadores de serviços, fornecedores, são de fora. Eles (a BRF) estão sensíveis a esse tipo de coisa. Com um investimento de R$ 80 milhões, estão vindo para ficar.”
Segundo o presidente da Codel, houve grande esforço da prefeitura para trazer o CD da BRF à cidade, já que cidades vizinhas também disputavam as instalações da companhia. A negociação foi sacramentada no ano passado, na gestão do ex-prefeito Alexandre Kireeff. “O município tem grande dificuldade com terrenos. Quando surge uma oportunidade como essa, faz o que pode para trazer. Já faz mais de 20 anos que não vem uma grande empresa para Londrina”, afirmou Ribeirete.