Folha de Londrina

RELEVÂNCIA­S

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Há coisas mais importante­s que prefiro retratar na volta a este espaço do que a derrota do Londrina para o Paraná Clube. Ok, fomos iludidos com o belo gol do Artur no começo do jogo, houve o destempero inexplicáv­el do Carlos Henrique ao ser substituíd­o (já se acha intocável?), a estreia do Negueba, de quem ainda não sei o que esperar, a velha miguelagem do Celsinho e o tal do tabu de oito anos sem vencer o “trio de ferro” em Curitiba (ainda que esse jejum não me diga nada, nada mesmo).

Hoje, por exemplo, o Londrina será julgado no STJD pela briga de alguns uniformiza­dos no jogo contra o Ceará. Além da estupidez de um confronto entre “torcedores” de clubes que jamais tiveram um histórico de rivalidade, até pela enorme distância geográfica que os separam, me chamou a atenção a absoluta ausência de policiais militares no momento da confusão. Tivesse um mínimo de efetivo ali, os valentões talvez ficassem só nas ofensas verbais. Não entendi.

A derrota para o Paraná no sábado é ainda menos relevante do que o que fez o Londrina contra os reservas do Cruzeiro, se me permite lembrá-lo que a Primeira Liga deve ser encarada pelos londrinist­as como algo importante a ser conquistad­o, já que chegamos até aqui. A vitória da forma como aconteceu foi mais um daqueles momentos épicos que o time da nossa cidade construiu, para deleite de quem gosta de Londrina e, o que é bom para todos nós, com uma boa repercussã­o nacional via redes sociais. Daí que penso como será legal para Londrina se a taça ficar por aqui na decisão contra o Galo. Sem contar a grana, claro.

Também quero falar que, infelizmen­te, estamos muito mal preparados fora de campo para chegarmos à Série A, sonho que muitos ainda insistem que seja cumprido já. Inadmissív­el a formação de longas filas nas catracas do Café para jogos com menos de 3 mil torcedores, como já testemunhe­i neste ano. Uma desorganiz­ação tão grande que dá medo, preguiça e uma vergonha sem tamanho imaginar como seria a cada jogo contra alguns dos grandes do País. Não estou nem falando do placar manual hein. Também não me entra na cabeça por que não há um raio de uma loja itinerante do Londrina na entrada do estádio. Por falar nisso, um alento: finalmente a Liga Retrô lançou a réplica da camisa original usada na campanha de 77. Mas, que pena, não vem com o número vermelho às costas. Vou continuar esperando. Boa semana.

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