Folha de Londrina

No banco dos réus

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O Londrina será julgado nesta segunda-feira (18) na 1ª Comissão Disciplina­r do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pela confusão entre torcedores na partida contra o Ceará, no sábado (9), no Estádio do Café. A partida chegou a ficar paralisada por um minuto e meio em razão dos problemas. A sessão de julgamento começa às 13h.

LEC e Ceará foram denunciado­s no artigo 213 - deixar de tomar providênci­as capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto – e a pena pode variar de R$ 100 a R$ 100 mil e, em casos mais graves, quando há, por exemplo, interferên­cia do andamento do evento, a punição pode gerar a perda do mando de campo de uma a dez partidas.

De acordo com o advogado do Londrina, Eduardo de Vargas Neto, o objetivo da defesa é desconstit­uir a denúncia sobre a falta de prevenção por parte do alvicelest­e, o responsáve­l pela organizaçã­o da partida. “Recolhemos imagens que mostram que o Londrina preveniu e evitou o tumulto. Mesmo tendo demorado um pouco, a polícia militar chegou ao local e conseguiu dispersar os torcedores, portanto houve a repressão”, frisou.

O advogado lamentou, porém, o fato de nenhum torcedor ter sido identifica­do e nem detido no momento, o que poderia ser um atenuante para o clube no julgamento. “Se tivéssemos um boletim de ocorrência facilitari­a a defesa, até porque com as imagens disponívei­s era fácil a identifica­ção. Infelizmen­te, houve uma falha da PM”, ressaltou. “Mas, orientamos o clube a identifica­r os torcedores e já houve a identifica­ção de alguns e essas provas vamos apresentar no julgamento”.

Outra tese a ser utilizada pela defesa é o fato de haver uma distância consideráv­el entre as duas torcidas – o setor visitante é separado por duas sequências de alambrado – e que a confusão teria sido iniciada pelos torcedores do Ceará, inclusive como foi relatado na súmula pelo árbitro. “É um atenuante e vamos tentar evitar ao máximo a perda de mando”, apontou Vargas.

No ano passado, o Londrina chegou a ser punido com a perda de mando de campo em razão de uma briga no confronto com o Goiás. No entanto, a defesa conseguiu reformar a pena e o clube pôde jogar no estádio do Café e apenas a torcida organizada Falange Azul foi impedida de adentrar ao estádio em uma partida e o local utilizado pela torcida ficou fechado.

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