Folha de Londrina

Operação policial termina em confusão

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Uma operação da PM (Polícia Militar) terminou em confusão na noite de terça-feira (19) no Residencia­l Flores do Campo. Moradores contaram que os policiais chegaram por volta das 19 horas em várias viaturas percorrend­o as ruas do bairro em alta velocidade. Após uma confusão, a PM retornou com reforço em 11 viaturas, cinco motos, além do Pelotão de Choque.

Uma moradora disse que tentou alertar os militares quanto ao risco de atropelame­nto de crianças, mas foi ofendida. “As crianças estão acostumada­s a brincar na rua. Com as viaturas correndo muito, fui pedir, com educação, pra eles tomarem cuidado. Um deles me xingou e me mandou pegar as crianças e entrar logo pra dentro de casa”, contou.

Ela mostrou uma munição não letal não deflagrada que, segundo ela, foi deixada pelos policiais. “O que aconteceu aqui hoje [terça] foi assustador. Nós já estamos acostumado­s com a presença da polícia, mas dessa vez passou de todos os limites. Estão todos assustados, principalm­ente as crianças”, contou outro morador. Por medo, nenhum dos entrevista­dos quis se identifica­r.

O comandante da 4ª Companhia Independen­te da Polícia Militar, major Nelson Villa, informou que uma equipe fazia uma operação de rotina quando foi surpreendi­da por alguns moradores que cercaram a viatura fazendo ameaças com pedras e paus. “Quando as viaturas chegaram, alguns indivíduos já alertaram a chegada dos policiais com fogos de artifício. O fato é que algumas pessoas ali não têm interesse que a PM faça o patrulhame­nto no local e isso não podemos admitir”, disse.

Villa negou ter havido qualquer excesso policial. “Hoje, qualquer pessoa tem um celular com câmera. Se tivesse ocorrido algum abuso, com certeza teria sido registrado”, comentou. Ainda segundo o major, dois quadros de motos roubados foram encontrado­s em uma casa. Pela página no Facebook “Ocupação Flores do Campo”, pessoas ligadas à ocupação contestara­m a versão do oficial.

“A maioria das pessoas é formada por gente de bem. Nós estamos fazendo operações cada vez mais constante para que eles se acostumem com a presença da polícia. Nosso foco é impedir a ação dos criminosos”, frisou Villa.

Nós já estamos acostumado­s com a presença da polícia, mas dessa vez passou de todos os limites”

(C.F.)

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