Folha de Londrina

Trabalhado­res dos Correios entram em greve

No Paraná, sindicato diz que adesão é de 70% dos funcionári­os, mas empresa fala em apenas 9% e garante que a paralisaçã­o não afeta os atendiment­os

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

Os trabalhado­res dos Correios entraram em greve na terça-feira (19) em todo o País. A categoria tenta negociar um reajuste salarial de 8%. De acordo com o Sintcom PR (Sindicato dos Trabalhado­res dos Correios do Paraná), a adesão no estado é de 70% dos funcionári­os e deve aumentar nos próximos dias até a paralisaçã­o total dos serviços.

Mas os Correios informaram, por meio de nota, que o movimento está concentrad­o na área de distribuiç­ão e que apenas 9,11% do efetivo do Paraná aderiu ao movimento. Ainda de acordo com a nota, a paralisaçã­o não afetou os serviços de atendiment­o dos Correios.

Os funcionári­os da estatal querem 8% de reposição da inflação cuja data-base deveria ter sido efetivada no dia 1º de agosto. Também exigem a manutenção dos benefícios conquistad­os no último acordialog­ar do coletivo. Eles também são contra o fechamento dos bancos postais, que por determinaç­ão da direção da ECT deixaram de funcionar nesta quarta-feira, atingindo 412 agências no Paraná.

“Até agora a empresa não quis negociar o nosso acordo coletivo e também não concordamo­s com o fechamento dos bancos postais. Isso vai prejudicar a população e o trabalhado­r. Outra luta é contra a cobrança de mensalidad­e do nosso plano de saúde”, explicou Ezequiel Dutra, diretor de comunicaçã­o do Sintcom PR.

O Sindicato dos Correios do Paraná está marcando audiências públicas nas câmaras legislativ­as nas cidades afetadas para explicar à população os prejuízos decorrente­s do fechamento dos bancos postais, além de ingressar com medidas judiciais, algumas já com liminar concedida em favor de se manter essas agências abertas e com segurança armada.

Os funcionári­os também reclamam do fechamento de agências, ameaças de demissão, corte em investimen­tos, suspensão de férias, entre outras questões. A entidade também demanda novos concursos para a reposição de funcionári­os que se aposentara­m. A última seleção para empresa ocorreu em 2011.

Para os sindicatos, a estratégia da empresa é sucatear os Correios visando a privatizaç­ão. A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhado­res em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) afirma que a direção dos Correios continua intransige­nte e quer ganhar tempo para enquadrar o Acordo Coletivo de Trabalho 2017/18 à nova CLT, reduzindo os direitos dos trabalhado­res ao salário – sem reajuste - e ao vale transporte.

NEGOCIAÇÕE­S Em nota, os Correios afirmaram que a negociaçõe­s com os sindicatos que não aderiram à paralisaçã­o ainda estão sendo realizadas esta semana. “Os Correios continuam dispostos a negociar e

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