OLHO NO CÉU
Evento realizado na zona leste reuniu participantes de todas as idades
– Festival de pipas reuniu, em Londrina, cerca de 50 pessoas de idades variadas com um só objetivo: divertir-se ao ar livre.
Coma atenção voltada para o céu, famílias e grupos de amigos participaram do 3º Festival de Pipas ao lado do campus Londrina da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). O evento realizado neste domingo (24) na zona leste reuniu cerca de 50 pessoas durante atarde. Pessoas de todas asidadesse empenharamn adis- puta quen ãotev evencedo- res ou premiação. O objetivo do grupo era apenas se divertir ao ar livre.
Luiz Henrique, 7, acompanhado da tia Erika Fernanda Moraes, gosta mui toda brincadeira .“É legal correres ol- tar,m aseu perco muita pipa ”, disse. Adolescentes mais experientes não perdoam os novatos na competição e acabam cortando alinhado spa- pagaios vizinhos. Apesar da disputa no céu, o clima no gramado foi tranquilo. “No fim das contas, até agentes e diverte e às vez esse arrisca a soltar também”, confessou a tia do garoto.
O serígrafo Edinaldo Silva também levou a família para participar e ajudou o filho Eliel Felipe ,12, a deixar apipa lá no alto .“É legal trazer amoçada par acá. É mais seguro e eles se divertem”, contou.
O vento forte deste domingo favorecia pipas menores, segundo explicou o feirante Antônio Otaviano. Aos domingos, ele costuma descansar debaixo do sol com o rolo de linha nas mãos. “Fico do início da tarde até anoite. Hoje já cortei cinco pipas, mas também perdi três. Aqui não tem estresse, a gente não pensa em nada e descarrega a carga da semana”, afirmou. Os formatos e as estratégias variam de acordo com cada participante. “É só dar um toque [na outra pipa] e soltar a linha”, simplificou o adolescente ao lado.
Independentemente dos vencedores, quem comemorou cada batalha no ar foi o vigilante Ricardo Oliveira da Silva. Ele fabrica pipas há mais de dez anos e vende vários modelos nos fins de semana. Os produtos custam entre R$ 1,00 e R$ 3,00. Para o festival, Silva levou, aproximadamente, 300 pipas. Nas primeiras horas, mais de 60 já haviam sido vendidas. “Aqui já virou um ponto de encontro do pessoal aos domingos e é um lugar seguro, longe das casas, do trânsito e da fiação”, lembrou o vendedor.
Na pequena fábrica, Silva conta com a ajuda de mais dois rapazes. A equipe termina uma nova pipa a cada 30 minutos. “Era um hobby, mas hoje vivo da pipa. Vendo umas 5.000 por mês. Em janeiro, fevereiro e março e em junho, julho e agosto consigo vender mais”, comentou.
A produção aumenta nas férias escolares. “A gente tinha que ter mais áreas de lazer em Londrina para tirar as crianças da frente do computador e do celular. Hoje ninguém interage mais. A pipa é uma arte milenar, exige concentração, estratégia, é interessante para as crianças”, defendeu. Vários grupos, segundo ele, se reúnem pela cidade aos finais de semana para soltar pipas em locais improvisados.