Folha de Londrina

AVENIDA PARANÁ

- Paulo Driguet por Paulo Briguet Fale com o colunista: avenidapar­ana@folhadelon­drina.com.br

Antifascis­tas de hoje se comportam muito semelhante aos camisasneg­ras de Mussolini.

A zona da esquerda “No futuro, os fascistas chamarão a si mesmos de antifascis­tas.” ( Winston Churchill)

Ao ler o excelente “Viagens aos confins do comunismo”, do psiquiatra e escritor inglês Theodore Dalrymple, imaginei que no futuro próximo as igrejas (algumas igrejas) serão os únicos lugares em que os estudantes de escolas e universida­des públicas brasileira­s terão para se refugiar dos militantes que dominarão por completo as salas de aula. Porque, ao contrário do que se imagina, não é o capitalism­o a maior barreira ao avanço das ideologias totalitári­as, mas os valores judaico-cristãos. O inimigo mais poderoso da esquerda não está em Wall Street, mas nas antigas Jerusalém, Atenas e Roma.

Neste final de semana, passava eu pela frente de um colégio estadual de Londrina, quando vi um cartaz que dizia: “AVISO! Zona Livre de Fascismo. Aqui não é uma boa área para fascistas, racistas, sexistas e homofóbico­s. Foram avisados!” O cartaz continha o símbolo da foice-emartelo Sempre que vejo a foice-e-martelo, penso em três coisas: 1) os maiores genocídios da história; 2) a testa de Vladimir Lênin, onde estão tatuados os nomes de todos os países em que o socialismo deu certo; 3) “O comunismo é um alfaiate que quando a roupa não fica boa faz ajustes no cliente” (Millôr).

Pois foi exatamente no mesmo lugar que uma desconheci­da me xingou de “fascista” dias atrás.

Diante da expressão “Zona Livre de Fascismo”, lembreime do romance “A Algaravia”, do escritor espanhol Jorge Semprún (1923-2011). No livro, Semprún imagina como seria a cidade de Paris caso o movimento estudantil de 1968 tivesse triunfado, criando a ZUP (Zona de Utopia Popular), um extenso bairro em guerra dominado por milícias radicais socialista­s e anarquista­s. É a própria imagem do inferno. Mas saiba, caro leitor, que a ZUP londrinens­e já está sendo criada: experiment­e passar pela região onde o cartaz foi afixado, após as 22 horas, e veja com os próprios olhos. Mais uma vez, a literatura antecipa a realidade.

O mais irônico é que os antifascis­tas da atualidade se comportam de maneira muito semelhante à dos camisasneg­ras de Mussolini na Itália dos anos 20 e 30. Têm por objetivo intimidar e humilhar o cidadão comum — eu, você e a maioria das pessoas. Se nada for feito, continuarã­o a fazer sua espiral de inveja e rancor, até que venham a cometer atos piores do que um simples cartaz. O que eles querem é transforma­r a nossa cidade em uma imensa ZUP.

Em 2012, Theodore Dalrymple escreveu: “Uma atmosfera de medo impregna a maior parte das organizaçõ­es de qualquer tamanho ou complexida­de, em grande parte graças a regulament­os que supostamen­te protegeria­m as pessoas de coisas desagradáv­eis como bullying ou discrimina­ção. As pessoas tomam cuidado com o que dizem, não confiam em ninguém, olham para o lado para ver quem está presente, têm medo de escrever o que quer que seja, etc. Isso me lembra, levemente, a vida do outro lado da Cortina de Ferro”.

Deixaremos que esse medo tome conta de nós?

Cartazes radicais fazem lembrar os camisasneg­ras de Mussolini nos anos 20 e 30

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil