Sem rumo definido
A sociedade brasileira, finalmente, está vislumbrando a verdadeira faceta da politicagem em uma escala jamais vista na cúpula do poder. Devemos isso à nova geração de promotores e juízes federais que quebraram as amarras do poder absoluto, fizeram valer a independência dos poderes, tiveram a coragem do enfrentamento, que outrora os ameaçava até contra sua própria integridade. Ainda sentimos falta da imprensa nacional na defesa dessa classe batalhadora. Essa minoria escancarou a faceta nefasta da política e seus interesses escusos, demonstrando o caminho da complexidade da corrupção em seu maior grau. Essa corrupção sacrificou vidas com atendimentos de saúde precários, cerceou o direito de crianças carentes a uma boa educação, impediu empresas e empresários de prosperarem e gerarem empregos e, com isso, gerou o infortúnio de 14 milhões de pais de famílias desempregados, impediu que obras fossem concluídas com custos compatíveis e não superfaturadas. Diante deste cenário apocalíptico, o país está sem rumo, pois a maioria dos políticos está na lista dos envolvidos que se apoderaram do erário público em benefício próprio. A salvaguarda deste tormento está sendo a condução da economia que, mesmo com deficit de R$ 159 bilhões, ainda a Bolsa bate recordes de pontos, o dólar estabilizou na casa de R$ 3,20, criando uma proteção contra a famigerada inflação, capitaneada pela força descomunal do agronegócio que gera superavit comercial na balança comercial. Resta a nós, brasileiros, um levante dos direitos constitucionais de mudar o rumo deste país. As eleições de 2018 seriam o primeiro teste visual de como o povo enxerga essa podridão política e sua corrupção.
YOCHIHARU OUTUKI (engenheiro agrônomo) – Itambaracá