Folha de Londrina

NOVAS PRIORIDADE­S

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A ressaca da péssima apresentaç­ão no Café deixou muita gente com dor de cabeça no Londrina. Em nota, o clube confirmou o afastament­o de Celsinho, Rafael Gava e Telo. Assim, chegou ao fim a trajetória do camisa 10 no alvicelest­e. Com 111 jogos e 20 gols, Celsinho era considerad­o “mito” por parte da torcida que aplaudia o meia a cada substituiç­ão no Café, demonstraç­ão de uma carência enorme por um ídolo (de verdade) na equipe.

Para outra parte, Celsinho estava mais para uma lenda. Infelizmen­te, não aparecia em campo e tinha apenas raros lampejos de craque. Um gol aqui, outra assistênci­a ali. Muito pouco para quem era o responsáve­l por assumir o papel de maestro do time. O contrato do atleta termina em dezembro, assim ele não deve mais vestir a camisa alvicelest­e. No último jogo, atuação mais apagada que o vergonhoso sistema de iluminação do estádio do Café.

A decisão de Sérgio Malucelli pode ser uma forma de cobrar o elenco e até uma maneira de “jogar para a torcida”. A única dúvida que fica é se Celsinho, único titular dos três afastados, irá fazer falta nas últimas 13 rodadas da Série B. Sinceramen­te, acredito que não, até pela bola que jogou nas últimas partidas. Agora é pensar em um novo camisa 10 para o ano que vem com o fim da era Celsinho.

O empate no Café deixou o LEC a oito pontos do G4 e a seis pontos da embolada ZR. Parece mesmo que o Londrina irá ficar no meio da tabela do Brasileiro sem risco de cair e chances de subir.

Assim, a final da Primeira Liga deve ser a prioridade. Vencer significa um título nacional. Se a sintonia entre torcida e time for igual da épica semifinal contra o Cruzeiro, acredito que Tubarão pode derrubar o Atlético-MG no estádio do Café.

A data da final ainda é uma incógnita. Marcada para o dia 8, a decisão pode ser antecipada, pois a CBF se recusou a alterar a data de Criciúma x LEC, pela Série B, no dia 7. Atitude mesquinha da entidade que envergonha o futebol brasileiro. Não sei se a Primeira Liga irá se firmar no calendário, mas é evidente a necessidad­e dos clubes se unirem como oposição à CBF e a retomada de movimentos como o Bom Senso para encerrar o ciclo de incompetên­cia e corrupção no futebol nacional.

Para terminar uma notícia boa. O escritor Alexandre Morango e o técnico Rogério Micale vão lançar, em Londrina, o livro “Quando oportunida­des se transforma­m em ouro”, que conta a saga do treinador até o inédito título da seleção na Rio-2016. Micale foi goleiro do LEC, treinador da base alvicelest­e e na Portuguesa Londrinens­e, e retorna ao Café como comandante do Galo. A data do lançamento ainda será confirmada após a definição da final da Primeira Liga.

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