Filme do núcleo mineiro vence em Brasília

Foi-se o tempo do eixo Rio-São Paulo; e depois dos pernambucanos, chegou a vez dos mineiros

Ojúri oficial elegeu como melhor longa metragem do 50 º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro o mineiro “Arábia”, de Affonso Uchoa e João Dumans. A crítica deixou Brasília satisfeita com a decisão: a Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine – ratificou a decisão do júri oficial, elegendo o mesmo filme como melhor da mos- tra. O curta- metragem vencedor foi “Tentei”, de Laís Mello, sobre a violência doméstica contra a mulher. Já os críticos optaram por “Mamata”, uma tragicomédia sobre a solidão do grito de protesto e indignação do brasileiro diante da tragédia nacional.

“Arábia” é sobre o universo plural do trabalhador brasileiro, sobre a pacata vida precária que se divide entre várias frentes de sobrevivência. Sensível e inventivo, é uma espécie de on the road a partir da descoberta do diário de um operário, suas impressões , sua vivência, suas dores, sua fugidia felicidade, seu estar no mundo. Ao fundo da geografia física e psicológica, a mineiridade, as montanhas das Gerais. Cinema feito em Contagem, ao lado de Belo Horizonte, mostra a força de um núcleo de jovens cineastas sobre o qual ainda vai se ouvir muito.

Confira a lista completa dos filmes premiados na 50ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

DivulgAção “Arábia”, longametragem dirigido por Affonso Uchoa e João Dumans, foi o vencedor do Festival de Brasília: filme aborda condições de vida de trabalhadores de uma fábrica