Londrina através da arquitetura
Das grandes construções do período colonial até atingir o posto de 12ª cidade mais do mundo para posteriormente viver um boom de condomínios horizontais, Londrina tem passado por muitas transformações. A diversidade de estilos arquitetônicos presentes na cidade é representada por obras assinadas por mestres como o alemão Philip Lohbauer e os brasileiros e Oscar Niemeyer, entre vários outros grandes arquitetos que transformaram seus trabalhos em verdadeiras expressões artísticas. Entretanto, os projetos que privilegiavam a beleza e a inovação cederam espaço para a funcionalidade e a padronização estética impostas pelo mercado imobiliário contemporâneo, fato que não se identifica apenas em nível local, mas nacional.
Segundo Oigres Macedo, doutor em Arquitetura e Urbanismo pela USP e docente da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a arquitetura londrinense sofreu grande influência de arquitetos paulistanos que desenvolveram projetos na cidade atendendo a solicitação dos colonizadores. Um dos maiores representantes daquela época apontado por ele é Vilanova Artigas.
Vilanova Artigas assinou algumas das mais importantes construções de Londrina, como o Cine Teatro Ouro Verde (1948), a antiga estação rodoviária (1950), que atualmente abriga o Museu de Arte de Londrina, a Casa da Criança (1950) e o Edifício Autolon (1953). Além de prédios públicos, Artigas construiu residências na cidade. “Um importante projeto residencial de Artigas e Cascaldi, seu sócio, se encontra na Rua Hugo Cabral, foi a casa do prefeito Milton Menezes. A cobertura da casa possui telhado invertido (ou, como dizemos, telhado borboleta), as águas correm para o centro do telhado. Essa casa de 1952 inaugurou esse conceito na cidade, e foi muito reproduzida no bairro Shangri-lá”, contextualiza.
verticalizada Vilanova Artigas