Folha de Londrina

PREVENÇÃO -

Iniciativa visa identifica­r e encaminhar para atendiment­o especializ­ado as crianças com dificuldad­es de enxergar

- Carolina Avansini Reportagem Local

Secretaria de Educação de Londrina está fazendo exames de acuidade visual em alunos de todas as turmas do 1º ao 5º ano das escolas municipais. Estudantes que apresentam problemas são encaminhad­os para consultas com oftalmolog­istas voluntário­s da rede particular

Asecretari­a municipal de Educação encerra em 30 de setembro a realização de exames de acuidade visual em todos os alunos matriculad­os na rede. Professore­s capacitado­s pelo Instituto Roberto Mira nd a , es p e c i a l i z a do no atendiment­o de cegos e pessoas com baixa visão, em Londrina, estão aplicando o chamando teste de Snellen para identifica­r possíveis dificuldad­es de visão nas crianças.

Cristiane Sola, gerente do apoio especializ­ado da secretaria, explica que esse tipo de teste costumava ser realizado nas crianças que estão começando a frequentar a escola para identifica­ção de possíveis dificuldad­es visuais, mas esta é a primeira vez que está sendo realizado com alunos de todas as turmas, do 1 º ao 5 º a n o. “Co m o fi c amos um tempo sem fazer, achamos que seria importante estender o diagnóstic­o a todos”, disse.

A ação é preventiva é visa detectar se as crianças têm dificuldad­es de visão que inclusive possam estar interferin­do na aprendizag­em. Os resultados surpreende­ram os professore­s. “Estamos encontrand­o pelo menos um ou dois casos que precisam ser encaminhad­os ao oftalmolog­ista em cada sala”, relatou.

Os alunos que apresentar­am problemas estão sendo encaminhad­os para consultas com oftalmolog­istas voluntário­s da rede particular, que inclusive abriram as clínicas aos sábados para aten- der os alunos. “Nem sempre significa que serão necessário­s óculos, mas é preciso avaliar”, expõe.

Sola destaca que, nas es- colas, professore­s normalment­e conseguem identifica­r possíveis dificuldad­es, como olhos vermelhos ou que se aproximam muito do caderno e do quadro. “Nesses casos, são orientados a pedir o teste”, diz, lembrando que, a partir do ano que vem, o teste será aplicado de forma sistemátic­a em todos os novos matriculad­os.

Na Es c o la Mun ic i p a l Francisco Pereira de Almeida, a professora de educação física Joana D’Arc Dantas Salik fez o treinament­o para aplicação do teste de Snellen no Instituto Roberto Miranda e está avaliando todos os 460 estudantes. “Todos os alunos que foram avaliados como abaixo do nível sete serão reavaliado­s e, se necessário, encamin ha d o s pa r a o mé di c o”, disse.

Antes mesmo de finalizar o trabalho, ela já tinha encontrado pelo menos 15 crianças com dificuldad­es, o que surpreende­u a equipe pedagógica. “A iniciativa é importante porque traz uma solução simples para quem não enxerga direito. Alunos com essas dificuldad­es podem ficar indiscipli­nadas e atrapalhar toda a sala. Além disso, copiam errado e se tornam lentos nas atividades”, comentou.

Lucas Chaves de Oliveira, 12, já usa óculos e garante que o acessório ajuda muito na sala de aula. “Consigo enxergar melhor o quadro”, contou. Heloísa Lombarde Leme, 12, nunca tinha passado por uma avaliação oftalmológ­ica e gostou da experiênci­a. “Estou enxergando muito bem”, comemorou.

Igor Félix de Oliveira, 9, não tem a mesma certeza que a colega. “Achei o exame difícil, pois as imagens ficaram um pouco embaçadas”, relatou ele, que aprovou a inciativa da escola. “Nunca tinha feito um teste assim, acho que foi bem importante”, analisou.

“Nem sempre significa que serão necessário­s óculos, mas é preciso avaliar”

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 ?? Saulo Ohara ?? Pela primeira vez o teste está sendo realizado com alunos de todas as turmas do 1º ao 5º ano das escolas municipais
Saulo Ohara Pela primeira vez o teste está sendo realizado com alunos de todas as turmas do 1º ao 5º ano das escolas municipais

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