Vacina da zika só estará disponível em dois anos
Washington - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta terça ( 26), em Washington, que a vacina para a zika só deve estar disponível para a população no fim de 2019. O tema foi tratado durante o encontro que o ministro brasileiro teve com o se- cretário de Saúde dos EUA, Tom Price, na segunda ( 25), na capital americana.
Barros disse ter pedido a Price ajuda para “agilizar o processo de produção”, que será feito em parceria com a empresa americana GE Healthcare. “Penso que em dois anos podemos ter um resultado positivo, mas evidentemente depende da evolução dos testes clínicos fase três [referente a testes em humanos]”, disse o ministro.
“Acredito que não teremos antes disso os resultados e a segurança necessária para que a vacina esteja no mercado e tenha capacidade e escala de produção.” A vacina já passou pela fase de testes em macacos e camundongos e em breve será chamada “fase três”, de testes em humanos.
Questionado sobre o custo para a produção da vacina em parceria com uma empresa americana, o ministro disse que ainda não há uma previsão orçamentária ainda porque o contrato não foi concluído. “O desenvolvimento feito pelo Instituto Evandro Chagas teve custo muito baixo para o Brasil, mas temos parceiros e vamos continuar investindo para que a gente consiga terminar a vacina”, afirmou.
Segundo o ministro, os testes em animais permitiram identificar possíveis sequelas da vacina que não tinham sido mapeadas, como esterilidade.
MAIS MÉDICOS
Barros também discutiu sobre o futuro do programa Mais Médicos com o ministro da Saúde de Cuba, Roberto Morales Ojeda, durante o encontro de ministros na sede da Opas ( Organização PanAmericana de Saúde).
Em outubro, os dois governos e a Opas vão definir o número de médicos cubanos que seguirão atuando no Brasil. Segundo ele, o governo tem a meta de diminuir dos cerca de 8.000 atuais para 7.400 até 2019. No início, havia 11.400 médicos cubanos. Hoje, no total –considerando os médicos brasileiros–, há 18 mil profissionais no programa.
O ministro afirmou ainda que o governo de Cuba está preocupado com os cerca de 150 processos movidos por médicos cubanos para permanecer no Brasil ao fim do ciclo de três anos e para receber diretamente o salário pago pelo governo brasileiro. “Alguns receberam decisões de primeira instância, das quais recorremos, e temos conseguido sustentar as regras do acordo do convênio que são fundamentais para podermos manter esses profissionais”, disse.
Evidentemente depende da evolução dos testes clínicos fase três”