Governo faz pente-fino e zera cadastro do Bolsa Família
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, 5 milhões de famílias saíram do programa e 3 milhões entraram
Brasília -
O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, afirmou durante cerimônia no Palácio do Planalto, que o governo do presidente Michel Temer “zerou” pela primeira vez o cadastro do Bolsa Família e que foi feito um pentefino no benefício que conseguiu equacionar o programa. “Fizemos um grande esforço neste governo, para reorgani- zar a transferência dos recursos do Bolsa família, fizemos um pente-fino e 5 milhões de famílias saíram do programa e 3 milhões entraram”, disse.
A informação foi passada pelo ministro durante o lançamento do programa Progredir, programa de microcrédito para famílias de baixa renda. A ação prevê a disponibilidade de R$ 3 bilhões para que famílias que estão inscritas no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal possam empreender. O recurso estava parado nos depósitos do Banco Central.
O ministro afirmou ainda que no Brasil ainda há uma quantidade significativa de pessoas que precisam de renda para se alimentar e que “não existe risco nenhum do Bolsa Família terminar”. “Pelo contrário, no governo Temer ele tem sido valorizado”, afirmou. Segundo Terra, no entanto, não basta transferir renda, é preciso criar outros programas para que haja oferta de empregos e condições para que as pessoas possam conseguir deixar de receber os benefícios. “Ninguém vai sair do Bolsa Família, mas se sair é porque progrediu na vida”, disse o ministro.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, o objetivo é elevar a renda de até 1 milhão de famílias para que elas possam deixar o Bolsa Família num prazo de dois anos. Além da linha de microcrédi- to, o Progredir vai oferecer cursos de qualificação profissional. Para isso, o programa terá ações conjuntas com outros ministérios como Educação; Trabalho; Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e Ciência e Tecnologia.
O programa também vai auxiliar na intermediação de mão de obra, por meio do cruzamento de currículos e de vagas de empregos de forma regionalizada. A expectativa é que esse eixo do projeto atinja cerca de 20 milhões de trabalhadores.