Mão de obra sem qualificação
A indústria automotiva tem desenvolvido tintas cada vez mais modernas, mas o setor de estética não vem acompanhando essa evolução. O professor Claudemir Fernandes Farias, do curso técnico em manutenção automotiva, do Senai Londrina, afirma que falta investimento em capacitação e atualização dos profissionais da área.
“Percebemos, de modo geral, que há uma resistência quando o assunto é investir em conhecimento. Hoje, há acesso à informação, mas os profissionais não querem dedicar tempo”, observa.
Na avaliação dele, a falta de legislação que exija uma qualificação dos profissionais que atuam no segmento de estética faz com que pessoas sem qualificação trabalhem na área. “O mercado está atrás de preço, mas não adianta preço se não tiver qualidade. Hoje, qualquer um pensa que pode abrir um centro de es- tética”, comenta o professor.
Ele enfatiza que dependendo do tipo de pintura, os cuidados, principalmente na reparação, são maiores. A pintura perolizada, por exemplo, utiliza uma tecnologia diferente da convencional. As tintas à base de água também exigem tratamento diferenciado das a base de solvente. “As bases de pintura mudaram e os profissionais precisam estar preparados”, diz Farias.
(A.M.P)