Folha de Londrina

Despesas do Estado caem 2,19% de janeiro a agosto, aponta Costa

Durante prestação de contas na Assembleia, secretário da Fazenda do Paraná afirma que números mostram que ações do governo para controle das despesas estão dando resultados

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O secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa, afirmou que os números do fechamento do segundo quadrimest­re de 2017 mostram que as despesas totais do governo do Estado tiveram queda real (descontada a inflação) de 2,19% de janeiro a agosto, na comparação ao mesmo período do ano passado. A afirmação foi feita durante a audiência pública realizada nessa quarta-feira (27), no Plenário da Assembleia Legislativ­a (AL) do Paraná, prevista na Lei de Responsabi­lidade Fiscal, que exige a demonstraç­ão e avaliação periódica do cumpriment­o de metas fiscais.

“Os números mostram que as ações de controle das despesas estão dando resultados, o que permitiu o aumento nos investimen­tos sem atrasar pagamentos a fornecedor­es de bens e serviços, e ainda destinando R$ 1,4 bilhão para promoções e progressõe­s de servidores”, ressaltou o secretário.

Durante a audiência, Costa mostrou que os investimen­tos do Executivo tiveram um cresciment­o real de 9,84%, chegando a R$ 1,2 bilhão. Somados aos realizados pelas estatais do Estado, o valor alcançou R$ 2,9 bilhões no acumulado do ano. Na área de segurança, por exemplo, foram investidos R$ 151 milhões, com cresciment­o de 122% sobre o exercício anterior. O investimen- to em educação foi 31% maior. Na saúde, durante o período, os investimen­tos registrara­m um cresciment­o de 17%. No segmento de transporte, o incremento foi de 6,7%, chegando ao valor de R$ 587 milhões. Nas estatais, segundo Costa, só a Copel investiu R$ 1,15 bilhão, e a Sanepar R$ 434 milhões.

Para o secretário da Fazenda, o ritmo de realização de obras deve continuar crescendo no Estado. Costa afirmou que, até setembro, do orçamento inicial de R$ 3,9 bilhões previstos para investimen­tos por parte do Executivo, foram liberados para gastos R$ 2,5 bilhões, sendo que R$ 1,3 bilhão já estão empenhados. “A velocidade em relação a esses investimen­tos é satisfatór­ia e a nossa expectativ­a é que cheguemos ao final do ano alcançando os valores alocados ao

RECEITAS

As receitas totais do Estado registram cresciment­o real de 3,26% e somaram um valor de R$ 30,1 bilhões nos oito primeiros meses de 2017. Segundo o secretário, elas foram puxadas pelo aumento de 0,82% nas receitas tributária­s, que respondem por quase 70% do total. Já a arrecadaçã­o do Imposto sobre a Circulação de Mercadoria­s e Serviços (ICMS) cresceu 0,97%. Costa também alertou para o cresciment­o real de 0,39% nas despesas com pessoal e encargos, que somaram R$ 14,6 bilhões até o mês de agosto. “É uma situação que preocupa o Estado por causa do cresciment­o vegetativo da folha salarial, em virtude dos planos de cargos e salários, bem como as despesas com inativos e pensionist­as”, afirmou.

Curitiba – OBRAS orçamento no que se refere ao governo do Estado. Se somarmos os valores de todos os Poderes e as quantias investidas pelas nossas empresas estatais, alcançamos um volume de recursos no valor de R$ 7,8 bilhões”, apontou. MUNICÍPIOS

Até agosto de 2017, houve um aumento nominal de 3,29% nas transferên­cias do ICMS aos municípios paranaense­s, que receberam R$ 4,46 bilhões no período, e o acréscimo de 2,92% nas transferên­cias de IPVA, que somaram R$ 1,5 bilhão nos oito primeiros meses deste ano. “Além disso, em janeiro, o Executivo fez um repasse extra de R$ 431 milhões em ICMS, o que impactou profundame­nte as contas municipais”, acrescento­u Costa. Somados os valores de IPVA, ICMS e cota extra, de acordo com a apresentaç­ão, os 399 municípios receberam R$ 630 milhões a mais no período.

Segundo Costa, de janeiro a agosto de 2017, o Paraná aplicou 34,49 % da Receita Líquida de Impostos (RLI) em educação, ou R$ 6,63 bilhões – R$ 281 milhões a mais em relação ao período de 2016. Na saúde, foram aplicados 12,13% da RLI, ou R$ 2,33 bilhões. Nos dois casos, o Estado ficou acima das porcentage­ns mínimas estabeleci­das para as duas áreas – 30% e 12%, respectiva­mente – sem considerar a receita extraordin­ária de janeiro.

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Julio César da Costa Souza/Sefa O secretário Mauro Ricardo Costa durante audiência na AL: investimen­tos do Executivo tiveram um cresciment­o real de 9,84%, chegando a R$ 1,2 bilhão
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