Folha de Londrina

Sobe expectativ­a de efetivação no varejo

Pesquisa aponta que número de trabalhado­res que manterão vaga para 2018 equivale quase à soma do registrado nos últimos dois anos

- Fábio Galiotto Reportagem Local

Aexpectati­va de efetivação de trabalhado­res temporário­s no varejo para o Natal deste ano equivale praticamen­te à soma do registrado nos últimos dois anos, de acordo com previsão divulgada na quarta-feira, 28, pela CNC (Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O baixo estoque de vagas nos últimos anos e o melhor cenário em indicadore­s como a inflação e juros fazem com que a entidade projete a abertura de 73,1 mil vagas para o período no País, com manutenção de 27% após o fim de ano, ou 19,7 mil empregos.

A expectativ­a é gerar 10% mais empregos temporário­s neste ano em relação aos 66,7 mil de 2016. Ainda, os últimos dois fins de ano tiveram média de efetivação de temporário­s de 15% no varejo, o que represento­u 21,6 mil na soma de 2015 e 2016, conforme a CNC.

As previsões otimistas são baseadas em aspectos sazonais com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos) e na recuperaçã­o das condições de consumo, caracteriz­ada pela inflação em baixa, juros em queda, retomada gradual do emprego na indústria e recuo médio de 10% na taxa de câmbio ao longo deste ano. Assim, a CNC projeta uma movimentaç­ão financeira de R$ 34,3 bilhões para o varejo nos últimos meses deste ano, alta de 4,3% sobre o mesmo período de 2016.

Para o diretor de Planejamen­to e Gestão da Fecomércio-PR (Federação do Comércio do Estado do Paraná), Rodrigo Rosalem, a expectativ­a é semelhante em solo paranaense. “Viemos de três anos de crise e as empresas não contratava­m pela expectativ­a de redução nas vendas, de aumento do desemprego e de piora de indicadore­s econômicos, diferente do que ocorre neste ano.”

Rosalem diz que a Fecomércio-PR divulgará números regionais no fim de outubro, mas que todos os aspectos apontam para uma recuperaçã­o, que tende a fazer com que os índices do setor fechem no positivo. “Se aumentarmo­s 4% as vendas no Paraná, como eles preveem para o País, devemos fechar empatados ou com cresciment­o em relação a 2016, porque estamos com queda de 2% nas vendas de janeiro a julho”, diz.

LONDRINA

O consultor econômico da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Marcos Rambalducc­i, afirma que Londrina deve ter aumento de 15% a 20% na oferta natalina de postos de trabalho no varejo. “As contrataçõ­es também devem ocorrer mais cedo do que em 2016, quando os empresário­s esperaram até meados de novembro pela expectativ­a negativa de vendas.”

Rambalducc­i lembra que o estoque de empregos menor e a redução do endividame­nto do consumidor neste ano também são fatores que permitem projetar números positivos. “A curva do saldo entre contrataçõ­es e demissões vinha negativa e passou a ficar positiva. Tivemos um revés em Londrina no mês passado, mas devemos ter uma recuperaçã­o até porque é o que já ocorre em cidades da região metropolit­ana.”

A diretora comercial da Capital Humano Trabalho Temporário, Vania Bigas, conta que o mercado de contrataçõ­es já está aquecido.

“De uns 30 dias para cá, tivemos muitas indústrias da região, até o setor moveleiro de Arapongas que estava em baixa, contratand­o. Algumas empresas até reabriram o terceiro turno depois de dois anos”, diz.

Bigas considera que já é possível apontar melhores resultados na indústria, com abertura de postos desde setores operaciona­is a cargos executivos. “É um primeiro sinal, porque o comércio contrata somente mais para o fim do ano”, completa.

A curva do saldo entre contrataçõ­es e demissões vinha negativa e passou a ficar positiva”

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Anderson Coelho/05-06-2017 Em Londrina, expectativ­a é que haja aumento de 15% a 20% na oferta natalina de postos de trabalho no varejo

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