Onde Judas perdeu as botas
No meio do caminho tinha uma bota. De quem ela é?
De um companheiro que cansou da caminhada após a carta do Palocci? De um jornalista que publicou fake news? De um professor socialista que não tem mais o que ensinar? De uma artista global que se mudou para a terra do Trump? De um psicólogo que trocou o consultório pela militância? De um historiador que só conta histórias mal contadas?
Do Aécio, que não pode mais sair de casa à noite? Dos senadores que defendem o Aécio pensando no amanhã? Do Presidente Temeroso? Da Maria que odeia o Bolsonaro? De um ex-presidente prestes a se tornar presidiário?
De um artista de vanguarda, que a colocou ali achando que era obra de arte e busca desesperadamente um patrocínio público? De um trabalhador que não trabalha, de um estudante que não estuda, de um intelectual que não pensa? De um padre que foi ao Rock in Rio?
De um ateu que quer proibir o sinal da cruz? De um antifascista que adora o Estado? De um ideólogo de gênero? De um apologista do aborto? De um defensor da maconha? De uma babá de bandidos? De um filho da CUT?
Do proprietário fantasma recebeu da inquilina morta em um dia que não existe?
Ou será a bota do próprio Judas, que ali escondeu o dinheiro da traição, depois que Jesus se negou a fazer a revolução?