Quadrilha presa por escavar túnel é suspeita de ataques no Paraguai
A Polícia Civil de São Paulo investiga a participação de uma quadrilha presa, após escavar um túnel até um cofre do Banco do Brasil, na zona sul da capital, em outros assaltos no País e no exterior. Entre eles, está o ataque a uma transportadora de valores no Paraguai, atribuído à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Ao todo, 16 integrantes foram presos, incluindo os líderes Alceu Ceu Gomes Nogueira, 35, e Fernando Augusto Santiago, 40. “Acreditamos que eles estão envolvidos em outros furtos a bancos, como até o assalto ao Banco Central e àqueles cofres de penhora da avenida Paulista”, afirmou o delegado Fábio Lopes, titular da Delegacia de responsável pelas investigação que prendeu o bando. “A gente só vai conseguir comprovar isso agora, com as investigações.”
Os assaltantes planejavam roubar R$ 1 bilhão de uma base de distribuição do Banco do Brasil na capital paulista, mas foram presos na noite desta segunda (2). O bando teria investido R$ 4 milhões no assalto. Os integrantes da quadrilha usaram equipamento sofisticado e alto conhecimento técnico, segundo Lopes.
Na casa onde 16 pessoas foram presas, havia um serralheiro, máquina de solda e corte plasma (usada para cortar aço de navio, segundo o delegado) para construir ali mesmo a estrutura de escoamento do dinheiro - mil metros de trilho e dez carrinhos. A polícia suspeita da participação de um engenheiro ou mestre de obras no planejamento da escavação do túnel de 500 metros que liga a casa ao banco e acompanhava uma galeria subterrânea de água pluvial.
Roubo a Bancos, do Deic (Departamento de Investigações Criminais).
“Alceu também é um dos mentores do roubo da Protege, do Paraguai”, disse o delegado,